Voz Oblíqua: março 2006
 
    The Voice Mail

 

Voz Oblíqua

Voz: [subst. fem.] Produção de sons emitidos no ser humano pela laringe com o ar que sai dos pulmões; grito; clamor; linguagem; fig. opinião; poder; inspiração; conselho; sugestão. Oblíqua: [adj. fem.] enviesado; torto; vesgo; fig. indirecto; dissimulado; ambíguo; dúbio.
 
 
 

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    Eu, os Outros, os Blogs e a Solução sexta-feira, março 31, 2006

    Este post já tardava…

    Há algum tempo que o
    Voz Oblíqua passou a ser um pouco de mim. Assim como os outros blogs que oriento ou em que participo. E quem és tu?, perguntarão alguns de vocês.

    A resposta não é simples. Nunca é simples. Mas uma coisa vocês já repararam e é o que aqui importa: gosto de palavras, gosto de jogos de palavras, e de me perder nelas, com elas!

    Aliás foi assim que cheguei à blogosfera em
    Outubro de 2004. Precisava de um pretexto para perpetuar algumas exclamações intimistas. Independentemente da qualidade são minhas, e eu gostava de as sentir ilustradas e observadas.

    Depois percebi que queria dar a conhecer o meu lado mais descontraído, mostrar que a
    Wakewinha não é só sensibilidade, e assim nasceu o blog que, desconstruído, mais e melhor diz de mim!

    Percepcionado o poder da blogosfera, acabaram por nascer duas páginas que levo muito a sério, onde
    vou cuidando dos animais, ou dando a conhecer um modo de vida cruelty-free!

    Por cá nasceu há pouco tempo um título [Crónicas da Vida Real] que vai relatando episódios mais ou menos humorísticos, que ora são contados na primeira pessoa, ora na terceira. A confessar está o facto de, alguns dos que são contados na terceira pessoa, poderem ser relativos a mim! Outros talvez não… Nem sempre precisarão de perceber tudo, não é assim? A verdade é que há pessoas que visitam este blog num espírito detractor...


    Mediante estes esclarecimentos, queria-vos pedir que não julguem sem ler nas entrelinhas!


    Relativamente ao episódio do post em baixo, não P., não fui eu quem deu aquele cartão ao rapaz! Muito menos aquele número é meu… Mas teria sido realmente mais fácil se ele conhecesse este código, não teria?


    Código Odobock

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    Crónicas da Vida Real - XIII quarta-feira, março 29, 2006

    Conversaram a noite inteira. Dois estranhos com inúmeras coisas a descobrir. E tantas em comum!

    Haviam-se conhecido por acaso. Ele embatera nela quando fora buscar uma bebida ao bar. Ela não era de dar atenção a ninguém numa situação assim. Às vezes até chegava a julgar precipitadamente os actos que lhe pareciam demasiado casuais. Mas naquela noite estava aborrecida e o desconhecido trapalhão podia ser uma óptima vítima para as suas ofensivas de exasperação.

    No entanto ele transformou-se numa excelente companhia, alguém que ela queria voltar a ver. Na hora da despedida ele atreveu-se a pedir-lhe o número de contacto. Na representatividade de um "nim", ela entregou-lhe um cartão rasgado com uma inscrição:

    Nº de Telemóvel

    48 horas depois ela desistiu de ficar agarrada ao telemóvel à espera da sua voz.

    48 horas depois ele continuava a perguntar-se porque havia brincado ela consigo daquela maneira.

    48 horas depois o camião do lixo derramava para o seu interior quilos de imundície. E ali jazia o cartão rasgado, entretanto amachucado, que impediu uma união que se adivinhava próspera...

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    Crónicas da Vida Real - XII terça-feira, março 28, 2006

    E então a amiga desabafou, acreditando que desde há uns tempos atrás se sentia usada nas suas relações, funcionando como o ponto de viragem para as outras pessoas, como que servindo para que os homens da sua vida tomassem certas decisões... Mas eles nunca ficam com ela!

    Esquina

    «Eu não quero ser a esquina.
    Eu quero ser a estrada!
    »

    [Para M.]

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    Lê e Divulga! segunda-feira, março 27, 2006

    À medida que as horas correm e os minutos fluem, escorre o sangue de seres inocentes um pouco mais a norte do Atlântico. As notícias reportam números horrendos, mas o pesadelo só agora está a começar. Na madrugada de Sábado saíram para o mar pescadores vorazes e ávidos de uns dólares extra, não perdendo de vista pequenos e inocentes seres.

    Numa tentativa de facilitar o acesso à informação a todos, e pela escassez de factos detalhados em Português, foi criada uma página com o Dossier Informativo sobre a Caça às Focas Bebés, de que aqui já vos havia falado. Peço apenas que leiam, mesmo que diagonalmente, e o divulguem nos vossos blogs ou cadeias de e-mail. O período oficial da caça terminará apenas em Maio. Sem mais comentários...

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    (...) sexta-feira, março 24, 2006

    Esta manhã o mundo levantou-se, abriu as persianas, sorriu, tomou um banho, o pequeno-almoço e conduziu despreocupado para o trabalho! Talvez até tenha cantado ao volante do automóvel. Entretanto vai ignorando que em muito poucas horas [cerca de 18h no momento em que escrevo] começará um dos maiores holocaustos dos nossos dias [+ info]...

    Mais de 300.000 (trezentas mil) focas, na maioria ainda com menos de 3 meses de idade, irão ser brutalmente mortas. Caçadores impiedosos bater-lhes-ão com um bastão até sangrarem de morte...


    Alguns animais, ainda vivos e sencientes, são arrastados pelo gelo por afiados e penetrantes ganchos de metal nas laterais das embarcações! Algumas crias são mesmo esfoladas vivas...


    Nada neste cenário poderá ser definido como "humanamente aceitável". Pelo contrário, este é dos mais horrendos e cruéis crimes que se cometem nos dias de hoje contra indefesos animais. E tudo em nome de uma indústria fútil...


    Não estará já na hora de os cobardes políticos canadianos dizerem a verdade ao público acerca de tão brutal prática?

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    Porquê? quarta-feira, março 22, 2006

    Da conversa com um amigo ficaram-me as palavras:

    «A vida é mesmo assim: perdemos uns amigos, que se substituem por outros; os amores perdidos dão sempre lugar aos renovados; perdemos os nossos pais, ganhamos os nossos filhos...»

    Porquê?Mas isto contraria todas as leis da natureza, e não há explicação baseada em lógica ou leis naturais que nos possa sossegar e consolar o âmago: ontem uma pessoa amiga teve o seu bebé de 15 meses a ser operado ao cérebro, pois foi-lhe diagnosticado um tumor de origem cancerígena. Uma operação "de cabeça aberta" é de uma violência extrema, e nenhuma criança tão pequena e indefesa devia ter de passar por isto! O tumor alastrou-se à espinal medula, e os órgãos vitais começaram a perder as suas funções. O bebé está em fase terminal.

    Desculpem o meu desabafo, mas estou demasiado abalada para conseguir aceitar este cenário, mais ainda quando queria poder dar o maior apoio possível a esta amiga, que foi uma das pessoas mais importantes para me restituir a força há uns meses atrás...

    Acredito que todas as pessoas nascem com uma função, e quando essa termina, a sua vida terrena cessa, por isso...

    ...alguém me pode dizer o que vem uma criança fazer ao mundo, se lhe roubam o dom da vida antes mesmo de ela poder retribuir o amor que os seus pais têm por si?

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    Uma Árvore, um Amigo! terça-feira, março 21, 2006

    A Primavera começou às 18h56 de ontem! Hoje comemora-se o Dia Mundial da Árvore. Espero que todos lembrem sempre dos benefícios destas nossas amigas... Hoje, com saudades do tempo em que a professora reunía as crianças para ir plantar uma árvore no jardim da escola, quis recordar a velha música pela voz do Joel Branco!

    Dia Mundial da Árvore
    [Clica na imagem e faz o download da música.]

    Uma árvore, um amigo
    Que devemos bem tratar
    Um amigo de verdade
    tão fiel como a amizade
    que podemos cultivar


    Sabes que uma árvore é um pouco de beleza
    que protege a natureza e purifica o nosso ar
    Dá-nos a madeira e tanta coisa que fascina
    A cortiça ou a resina, mais a fruta do pomar

    Oh, vamos fazer uma floresta, vem
    Plantar amigos, uma festa, vem
    Tão rica e modesta, vamos semear

    Uma árvore, um amigo
    Que devemos bem tratar
    Um amigo de verdade
    tão fiel como a amizade
    que podemos cultivar


    Sabes que uma árvore é o bem de toda a gente
    Não lhe estragues o ambiente, não lhe sujes o lugar
    Vamos, vamos, vamos defender a nossa vida
    Que uma árvore esquecida pode às vezes ajudar

    Sim, vamos fazer uma floresta, vem
    Plantar amigos, uma festa, vem
    Tão rica e modesta, vamos semear

    Uma árvore, um amigo
    Que devemos bem tratar
    Um amigo de verdade
    tão fiel como a amizade
    que podemos cultivar


    [Joel Branco]

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    Crónicas da Vida Real - XI segunda-feira, março 20, 2006

    [Este episódio, de tão hilariante, tinha mesmo de ser aqui transcrito.]

    Ontem à tarde, estava eu em reunião de família numa sala de chá, quando fui abordada por um rapaz que aparentava ter cerca de 20-e-muitos / quase-30 anos. O diálogo foi mais ou menos assim:

    Ele: [Enquanto me cumprimenta com os habituais beijos no rosto, aos quais não tive como fugir.] Olá!
    Eu: [Perplexa.] Olá... erm... conhecemo-nos?
    Ele: Não, mas eu queria apresentar-me. Queres saber o meu nome?
    Eu: [A disfarçar uma gargalhada.] Se tu mo quiseres dizer...
    Ele: Eu sou o André. E tu? Como é que te chamas? Como é o teu nome?
    Eu: Eu sou a Andreia. [Foi a primeira coisa que me veio à cabeça, afinal não lhe ia dizer o meu nome verdadeiro.]
    Ele: Olha, vou-te dar o meu número para tu me ligares amanhã, está bem?
    Eu: Oh André, eu não quero o teu número!
    Ele: Mas porquê? Eu queria que tu me ligasses. [Sentando-se junto de mim na mesa e debruçando-se sobre o seu cotovelo com ar de pensativo.] Se tu não me ligares eu fico desanimado. E se eu ficar desanimado, fico chateado... [Tentou aplicar um ar ameaçador, mas não me convenceu.]
    Eu: Terás de aprender a lidar com isso. Repara... eu gostava que muitas pessoas me ligassem, e não ligam!
    Ele: Eu nunca namorei. Queres namorar comigo? Eu queria experimentar namorar contigo... Eu ganho bem! [Acentuando esta última parte.]
    Eu: [Nesta altura já estava decidida a entrar no jogo da alucinação.] Hoje não, porque estou aqui com a minha família. Mas noutro dia.
    Ele: 'Tá bem! Então quando?
    Eu: [Que queriam que eu fizesse? Que destruísse o coração do rapaz?] Daqui a uma semana. Aqui e à mesma hora...
    Ele: Mas daqui a uma semana a esta hora eu vou ver o jogo do Feirense. Queres vir comigo? Assim já saíamos de mão dada, porque tu és muito bonita e eu queria que os rapazes lá da fábrica te vissem.
    Eu: [Eu sei que não devia rir, mas estava a ser demasiado cómico para ser verdade.] Pronto, está combinado, vamos ao futebol juntos.
    Ele: Onde é que tu moras? É aqui nesta rua, não é?
    Eu: [Na realidade moro a alguns quilómetros de distância, mas que se danasse.] Sim, é mesmo aqui.
    Ele: Não me digas que é mesmo aqui no prédio ao lado.
    Eu: É mesmo aí! Como adivinhaste?
    Ele: Nunca julguei!!! [Com um ar de criança surpreendentemente feliz.]
    Eu: Nunca julgaste o quê?
    Ele: Que viesse morar aqui para este prédio. É tão moderno...
    Eu: Quer dizer: ainda nem sequer assumimos, e tu já queres morar junto comigo?
    Ele: [Com ar resoluto.] Claro que sim!!!

    Pronto, nesta altura pensei que já estava a ser mais assustador do que piadético, e por isso resolvi terminar ali mesmo! Até porque me ensinaram que é feio brincar com coisas sérias.


    O rapaz? Devia ser psicologicamente perturbado! É a única explicação plausível...

    Psicologicamente Perturbado

    [Nota de redacção: o que se segue é uma private joke para alguns amigos visitantes deste blog.] Ainda duvidam que deixaram o meu cartão de contacto no balcão da recepção de um qualquer Hospital Psiquiátrico?

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    19 de Março ::: Dia do Pai domingo, março 19, 2006

    Dia do Pai

    Há pouco menos de 6 meses atrás não sabia se podia chegar a este dia e comemorá-lo junto de ti! Assustei-me com a probabilidade de te perder daquela forma... Ver-te agarrado às máquinas daquele hospital cinzento ou ouvir os médicos dizer que a esperança podia ser em vão parecia demasiado irreal. Mas a verdade é que cada vez que reflectia com os olhos pousados no teu rosto lembrava-me do nosso passado e sentia saudades do nosso futuro, e sabia que no teu sono profundo, entre o aqui e o além, tu devias estar a encontrar formas e forças para recuperar. Mas eu acreditava. E assim, contra tudo e todos, acordaste!

    Recordo com inestimável carinho os nossos pequenos momentos de pai e filha quando eu era pequenina. Se hoje sou alguém que acredita ter força para tudo é graças a ti! Não me deixavas ter medo de nada, mesmo quando eu chorava ao dizer-te que não era capaz de andar na bicicleta se lhe tirasses as rodinhas de trás. Tu dizias que eu era capaz de tudo. E eu era. E fui. E hoje tento ser. Só para que possas orgulhar-te sempre de mim.

    Desculpa se rio quando me dizes que eu nunca sigo caminhos fáceis, e que te obriguei sempre a palmilhar trajectos sinuosos só para me protegeres. Faz parte da minha natureza, e a adrenalina está-me nas veias! E assim torno a tua tarefa de pai bem mais aliciante. Ensinaste-me a escavar na areia à procura de moedas. Eu extrapolei. E agora só busco tesouros no mar. Eu sei que vens atrás de mim. Como sempre vieste. Como sempre estiveste. É por isso que somos tão cúmplices, mesmo que apenas no silêncio...

    Não, o Dia do Pai não é apenas hoje. Para mim são todos os dias em que te olho e vejo em ti a força e a coragem para enfrentar todas as adversidades que a vida te tem imposto! É esse exemplo que vou seguir.

    E amo-te com orgulho, porque não és perfeito. Mas porque também não tens a presunção que eu seja...

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    Parabéns, Pedro!!! sábado, março 18, 2006

    Rua de Santa CatarinaHá muitos anos atrás tinha por hábito "escapulir-me" com algumas amigas para a Invicta, quer para dar acrescentos Levi's à colecção de jeans no meu roupeiro, quer para ver as novidades da Miss Sixty, quer ainda para passar horas a alternar-me entre os vários pisos da saudosa Roma Mega Store (quem se lembra?) de phones na cabeça a ouvir tudo o que pudesse, afinal na altura não existiam Kazaa's, Emule's ou Soul Seek's...

    Eu fui sempre a mais errante do grupo, por isso não era de estranhar que, por vezes, trocasse o glamour de adolescente, pelo fascínio pelos artistas de rua que coloriam a Santa Catarina: os mimos, os homens-estátua, os malabaristas, os palhaços com esculturas de balões ou os comediantes. Passava horas a admirar o seu trabalho, e divertia-me imenso com aquele estilo de vida tão diferente...

    Um dia, um desses palhaços ofereceu-me um balão com uma escultura: era um cão! "Vi-te a fazer festas àquele rafeiro", justificou-se ele! E assim conheci aquele divertido e intrometido palhaço que se tornou numa excelente companhia nas minhas solarengas tardes de Sábado.

    Anos mais tarde vim a encontrá-lo num espectáculo memorável: o Lado B. Muitos de vocês deverão recordá-lo de penteado excêntrico em 2003, a fazer testes para um anúncio de uma água com gás, o que se viria a tornar num verdadeiro sucesso.

    Hoje presto uma singela homenagem ao único artista de stand-up comedy que temos em Portugal, divulgando o seu sucesso além fronteiras. No passado fim-de-semana o Tochas arrecadou o primeiro prémio no Adelaide International Buskers Festival 2006 [Austrália], um dos maiores festivais internacionais do género, onde competem inúmeros artistas de rua de todo o mundo.

    No seu verdadeiro estilo o meretíssimo artista teceu os seguintes comentários acerca deste prémio:

    «Para além do valor monetário, a honra de ganhar um prémio num festival desta envergadura é muito grande. Fiquei completamente maluco com o prémio!!!! Até tive vontade de agradecer a Portugal por todo o apoio que me tem dado, mas depois pensei: que apoio??? Às vezes, temos que ir para o outro lado do mundo para ver o nosso trabalho reconhecido... »

    Lá isso é verdade, mas... Parabéns, Pedro!!!

    Aqui ficam algumas fotos do grande momento:

    O Palhaço Escultor...
    [O Palhaço Escultor...]

    ...quando ouve o seu nome como vencedor...
    [...quando ouve o seu nome como vencedor...]

    ...salta para cima de um dos júris...
    [...salta "para cima" de um dos júris...]

    ...recebe o cheque...
    [...recebe o cheque...]

    ...exibe-o...
    [...exibe-o...]

    ...mas quando posa para as objectivas da imprensa ainda mostra o seu ar de surpresa!!!
    [...mas quando posa para as objectivas da imprensa ainda mostra o seu ar de surpresa!!!]

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    A Fábula "O Sapo e o Escorpião" sexta-feira, março 17, 2006

    O Sapo e o Escorpião @ Voz OblíquaSentou-se comigo depois daquela pergunta: «estás assim tão descrente com relação às pessoas?». O seu ar não era derrotista, ou sequer esmorecido, mas a sentença estava expressa no seu rosto! Perguntou-me se eu conhecia a história d’ "O Sapo e o Escorpião". Disse-lhe "não", e ouvi-o contar: Num dos lados do riacho o escorpião pediu ajuda ao sapo para passar para a outra margem. O sapo anuiu e começaram a atravessar. A meio do percurso o escorpião picou o sapo com o seu espigão, largando o seu veneno. O Sapo e o Escorpião @ Voz OblíquaO sapo começou a sucumbir, mas ainda encontrou força para perguntar: «Porque me fizeste isso, mesmo sabendo que poderás não chegar ao outro lado sem a minha ajuda?». O escorpião desculpou-se, acrescentando «está na minha natureza»! Depois da história ele disse ainda: «isto é extensível ao homens! Eles não fazem por mal, mas está na sua natureza magoarem-se um ao outros».

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    Today... quarta-feira, março 15, 2006

    ...just for a change:

    Pequenos gestos fazem toda a diferença!

    Change Me. Change Something. Change Someone.

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    Crónicas da Vida Real - X terça-feira, março 14, 2006

    EsticãoFechou os estores com uma golpada decisiva, pois já estavam a precisar de ser substituídos. Rodou a chave e empurrou a porta para se certificar que estava bem trancada. Dirigiu-se à central de segurança, onde assinou a entrega da chave, e tomou o caminho de volta a casa, aquele que já conhecia bem.

    Já era tarde, mas a escuridão nunca a fez temer nada. Conhecia bem o parque, e quando entrou nele não podia imaginar. Foi quando, de repente, tudo se sucedeu de forma confusa: alguém veio por trás de si, arrancou-lhe a bolsa e desatou a correr. Inerte, ela ficou ali fincada sem saber o que fazer.

    À sua frente viu um vulto precipitar-se em direcção ao larápio e encheu-se de esperança. Assistiu serena a uma luta desigual, por isso não foi com surpresa que viu ser trazida de volta a sua bolsa pelas mãos do "herói acidental".

    Ele sorriu para ela, devolveu-lhe o acessório, e indagou:
    - Estás bem?
    - Sim. - anuiu ela nervosa - Um pouco atordoada, talvez!
    - Posso acompanhar-te a algum lado, ou levar-te a tomar qualquer coisa para te acalmares? - "apalpando o terreno".
    - Quer dizer... eu estou bem! E moro logo ali, junto do Tako.
    - Então fazemos o seguinte: eu acompanho-te até lá e sentamo-nos um pouco no café.

    Os restantes 5 minutos do trajecto até à praceta foram passados com as apresentações formais e umas expressões-chavão para quebrar o gelo. A companhia revelou-se agradável, e os convites sucederam-se!

    Passado um mês, e depois de uns tantos encontros estrategicamente planeados, o clima já estava bem trabalhado para ele "deixar cair a bomba da verdade":
    - Recordas-te do dia do assalto?
    - Claro que sim! Como me poderia esquecer? - recordou ela com algum pavor.
    - Eu queria que tu soubesses que nunca chegaste a correr um risco real.
    - Como assim? Que me estás a querer dizer? - indagou ela!
    - Eu e o rapaz que te "sacou" a bolsa estávamos combinados. Na verdade aquela foi a única forma que encontrei de chamar a tua atenção, pois há meses que tentava descobrir um meio de te conhecer.

    Ela levantou-se e saíu!

    [Por mais absurda que esta história possa parecer, foi bem real...]

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    E o mistério resolve-se... segunda-feira, março 13, 2006

    A propósito do "Supônhamos" em baixo, devo dizer-vos que me surpreenderam algumas respostas, até porque me pareceu uma boa pista deixar-vos como opção a última alínea! É portanto com alguma surpresa que constato apenas 7 respostas certas: parabéns à Folha de Chá, ao Pedro F., à Papoila Saltitante, à Wind, à Raquel Oliveira, à Ana e à Tixa (nem precisavas ter dito tanto, pois a meio do comentário já me havia lembrado de ti)!

    Programa de Sábado à Noite

    Então, sou a assinalar a alínea [E] como a resposta correcta à pergunta do post anterior! O "tal" verdadeiro amigo do Sábado à noite não me deixou opção quando me arrastou para os carrinhos-de-choque, subiu a morros de terra ao volante de um S80 (só porque sim), deixou-me desabafar, lembrou-me porque me admira, enquanto eu chorava em sinal de fraqueza, para no final me passar para as mãos as luvas e me deixar "exorcizar" as energias negativas com umas punhadas firmes... O que se passou a seguir fica entre mim, ele, e os vigilantes do museu (porque nem sequer nos lembrámos que estávamos sob o "olhar" atento das câmaras de vigilância)!


    Ele há pessoas que constroem paredes; eu construo pontes. Por isso me regozijo com a qualidade das minhas amizades! Por vezes até nem me consigo aborrecer com Ele ou revoltar-me contra os factos menos positivos da vida, pois a verdade é que é precisamente nos momentos de maior aperto, que nos apercebemos quem são as pessoas genuínas ao nosso lado! Não tarda um post com um grande "obrigada" a todos aqueles que têm estado junto de mim desde há uns meses para cá. Hoje vou apenas falar-vos de uma pessoa muito especial, o H.!

    Ele podia ser apenas uma coisa [um menino rico, um betinho engraçado, um profissional de excelência, um grande velejador, o verdadeiro animador, um excelente corredor de rali, o (ex-)campeão nacional de kickboxing, a criatividade personificada...], mas sendo tudo isto que acabei de citar, é também um ser humano fenomenal, com especial aptidão para a amizade!

    (Eu sei que não devia dizer isto, até porque estou a arruinar a tua fama de gozão-com-uma-pedra-colocada-em-cima-do-coração, mas permite-me fazer-te esta pequenina homenagem, mesmo que depois tenha de desmentir que se trata de ti...)

    Já não sei há quantos anos o conheci, mas ainda me lembro que fomos estrategicamente sentados junto um do outro numa festa de aniversário de uma amiga em comum! Dizia ela: «são os dois loucos, por isso vão entender-se lindamente». Loucos ou não, fomos com certeza os mais bem-dispostos da festa.

    Podia passar horas a relatar os episódios divertidíssimos que passámos juntos, ou até mesmo lembrar que fazemos uma dupla de cantores de fazer inveja ao duo Nelo Silva & Cristiana, mas por ora importa somente dizer-te:

    «Caramba, tenho imenso orgulho em que me deixes conhecer-te tal e qual tu és, e poder contar contigo SEMPRE. Os outros poderão achar que somos completamente alucinados, mas entre nós tudo faz um insensato sentido...»

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    "Supônhamos" domingo, março 12, 2006

    É Sábado à noite e sentem-se desconfortáveis com alguma situação! Não estão com a mínima vontade de ir para grandes farras noite dentro, não estando também, apesar de tudo, com o espírito de ficar em casa a "curtir uma fossa"! Não sabem muito bem se precisam de desabafar, ou talvez queiram apenas "jogar conversa fora".

    O que faz um verdadeiro amigo para vos levantar o astral?

    Carrinhos de Choquea) Leva-vos a dar uma volta de carrinhos-de-choque! Nada melhor do que uns encontrões em vítimas selecionadas, com umas gargalhadas à mistura, para esquecermos tudo aquilo que nos deixou pesarosos...

    b) Ouve-vos e deixa-vos chorar, mas pelo meio lembra-vos das coisas boas que têm nas vossas vidas e tece algumas graças para se lembrarem de sorrir.

    Luvasc) Leva-vos a subir a morros de terra num carro de luxo (p.v.p. €80.000,00) com cerca de 6 metros de comprimento e 3 toneladas. A ideia é tão insensata, que se torna estupidamente divertida.

    d) Empresta-vos umas luvas de boxe e deixa-vos expelir algum furor ou cólera a esmurrá-lo a ele mesmo! Tipo treino inicial de kickboxing pelo próprio ex-campeão nacional.

    e) Todas as opções anteriores que se encadeiam natural, mas insensatamente!

    A resposta segue dentro de momentos...

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    Crónicas da Vida Real - IX sábado, março 11, 2006

    Esta semana experimentei algo de muito diferente: uma aula a turmas do 3º e 4º anos do 1º Ciclo! Todos nós sabemos que as criancinhas podem ser realmente cruéis, e de algum modo, por nunca ter experimentado a interacção com miúdos tão novos, estava apreensiva.

    Mal cheguei à escola reuniu-se em tropel um "bando" de putos de lanche em punho a fazer-me uma data de questões! Sorri...

    Depois ouço:

    Aluna: Oh teacher, a teacher é uma pop-star¹?
    Eu: Porque é que dizes isso?
    Aluna: Os meninos estão todos a dizer que a teacher parece uma pop-star...
    Eu: Mas porquê? Tenho ar de má²?
    Aluna: Não, teacher, porque a teacher é gira e tem muito estilo!

    @ Primary School

    Eu queria ter ficado ali a babar o resto do tempo, mas ao invés disso lá aproveitei a deixa para lhes dizer que é tão ou mais importante cultivar a beleza interior, que as pessoas não se podem avaliar apenas pela aparência, blá blá blá! (Não vou ficar a dissertar sobre isso, porque sei - ou pelo menos espero - que os visitantes deste blog saibam exactamente do que estou a falar!)

    Entretanto, e porque as criancinhas deixaram de ser o "meu" bicho-papão, vou respirar de alívio: ufa!!! Talvez seja esta a resposta ao meu futuro a curto-prazo... Ou talvez não!

    ________
    ¹ As pop-stars são as miúdas cool de um colégio que serve como pano de fundo a uma série juvenil. São as "ditas" populares da escola!
    ² Porque as originais pop-star são realmente matreiras.

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    Acorrentada... de novo! sexta-feira, março 10, 2006

    Acorrentada de novo, desta feita pela amiga Lolita (desculpa a demora; tu sabes que eu tardo, mas não falho), é suposto aqui descrever alguns dos meus hábitos mais rotineiros! A tarefa não é fácil, até porque tenho a estranha sensação que todos os meus dias são razoavelmente diferentes, mas depois de uns dias em auto-observação, é-me possível concluir que há pormenores comuns! Sou a enumerá-los:

    Escravos da Rotina

    * O despertador marca 10 minutos para lá da realidade, pois é muito fácil enganar o meu subconsciente sonolento. Na verdade eu sei que o relógio está adiantado, e que por isso posso ficar a gozar mais uns minutos na cama, mas como não consigo fazer contas ensonada, debato-me com a preocupação que acaba por vencer e levanto-me da cama (todos, mas todos os dias, entre o quarto e o WC, traço planos para mudar a minha rotina para me passar a deitar mais cedo e assim dormir mais, mas lá para a noitinha já os esqueci)!

    * Conforme já é anunciado em cima, o próximo hábito rotineiro é a viagem até ao WC! Dispo o pijama, deixo a água correr, não verifico a temperatura, entro para dentro do polivan, arrepio-me de frio, maldigo a pessoa que diminuiu a potência do esquentador, lanço-lhe pragas, visto o roupão de banho, vou até à marquise, aumento a chama do esquentador ao máximo, e volto para o WC. Aí sim, tomo um belo de um banho quente.

    * Por estranho que pareça, os litros de água caídos sobre mim durante o banho não são suficientes para me acordar, por isso, de seguida, lavo ao rosto com água bem gelada. Abro os olhos, olho-me no espelho, e marco na agenda mental: «Exfoliação e hidratação logo à noitinha». Passo hidratante em movimentos circulares e firmes em menos de um minuto.

    * Penteio e seco o cabelo mecanicamente (altura em que me lembro que preciso de mudar o visual, porque o gosto de fazer com frequência, e mantenho este corte há cerca de 10 meses).

    * Passo a roupa para esse dia (raramento a deixo preparada de véspera) e visto-me. Acessorizo-me, calço-me, pego nas pastas (papelada de um lado, computador do outro), agarro a bolsa (verificando sempre: carteira, chaves do habitáculo, agenda, caneta, pen, telemóvel e o mais-que-imprescindível-baton-de-cieiro), vou à cozinha buscar um iogurte líquido, e saio de casa.

    * A viagem de carro até ao local de trabalho é feita em grande velocidade (é ao volante que descarrego as energias negativas), com a música bastante alta, e quando não canto, bebo o iogurte.

    * O carro é sempre estacionado de marcha atrás. Entro na escola e profiro dezenas de "bons dias". Aborreço-me porque quase ninguém respondeu, e vou para o departamento.

    É nesta altura que tudo começa a suceder-se de forma muito peculiar, até porque o espírito é diferente todos os dias e a agenda nunca é igual! Mas há sempre algumas coisas que se repetem, e são elas:

    * Mensagens trocadas, religiosa e diariamente (lá para a hora de almoço), com 3 pessoas amigas, muitas vezes para dizer nada, ou alguma coisa sem qualquer sentido (valha-nos a alucinação comum para nos compreendermos).

    * A louça é sempre lavada a seguir à refeição, porque para mim até essa desculpa é plausível para poder mexer em água - adoro água!

    * Em frente de um computador e com uns minutinhos que se avizinham livres, consulto as 4 caixas de correio no activo e respondo a todos as mensagens que me importam.

    * Almoço sempre em pé, porque não gosto de perder tempo, e sou apressada, até no ritmo de trabalho.

    * Não consigo adormecer sem antes assistir a uma data de tv-trash ou ler duas páginas de um livro - péssimo, mas como eu sou teimosa, eu sei que vou conseguir terminá-lo... um dia!

    Agora cumpre-me passar a rotineira corrente a alguém, por isso os visados são:
    * Brunex (Confessa, tu até achas graça a
    isto...
    )
    * Ana, a dona do café (Julgas que és só tu quem me
    apanha, han?
    )
    * Xana (Sabes que mais tarde ou mais cedo entravas na
    corrente - se não fosse agora eu, seria o meu afilhado.
    )
    * SoNosCredita (Para ficar a conhecer um pouquinho
    melhor.
    )
    * Ana, do Palavras ao Acaso (Para que ela mesma
    perceba que tem coisas extraordinárias no seu dia!
    )

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    Crónicas da Vida Real - VIII quinta-feira, março 09, 2006

    Casualmente DestinadoDia 15 (O mês não importa.)

    [03h22] Ele: Olá! Desculpa perguntar... (Até me sinto envergonhado!) Conheces-me?

    [03h25] Ela: Eu retribuo a pergunta, até porque não sei de onde veio este contacto...

    [03h28] Ele: Hummm... Um pouquinho estranho. Adicionaste-me há pouco, e por isso te enviei a mensagem. Não te lembras?

    [03h45] Ela: Não me posso lembrar de algo que não fiz. O mais assustador é que esta não é a primeira vez em que isto se sucede!

    [03h51] Ele: Talvez "tenhamos" alguém em comum e as novas tecnologias tenham pregado esta partida... de nos cruzar! Será possível?

    [03h55] Ela: Não acredito nessa versão, mas é preferível a pensar que tenha sido alguém a passar-se por mim.

    [04h10] Ele: Vamos esquecer este episódio. Não me parece apropriado levar-te a escrever e a justificar uma coisa que tu mesma não pediste.

    [04h18] Ela: Não faz mal... Fica bem!

    [04h23] Ele: Até chego a lamentar, porque me pareces ser uma pessoa que eu ia gostar de conhecer...

    Dia 23 (Do mesmo mês.)

    [01h23] Ele: Desculpa de novo... Acreditas no acaso? E se tivermos de dar uma oportunidade aos factos de acontecerem? Queria que me tivesses continuado a responder no outro dia!

    [20h42] Ela: Como tu próprio asseguraste, não fazia sentido!

    [20h55] Ele: Acreditas que há forças estranhas que se movem em torno de um mesmo objectivo? Nada te impele?

    [21h33] Ela: Que resposta esperas de mim?

    [21h37] Ele: A que tu quiseres dar...

    Dia 28 (Ainda no mesmo mês.)

    [17h19] Ele: Tenho pensado muito nisto, e a verdade é que continuo a acreditar que se não dermos esta oportunidade, estamos a trapacear o destino... Compreendo que não tenhas respondido, mas não deixo de pensar neste encontro casualmente destinado!

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    8 de Março ::: Dia Internacional da Mulher quarta-feira, março 08, 2006

    Irrita-me e envergonha-me que este seja o dia em que milhares de mulheres saem para a rua para justificar o seu histerismo! Aliás, não consigo compreender... Faz hoje um ano em que fui literalmente arrastada para o meio de uma multidão de mulheres loucas num espectáculo que incentiva a mediocridade feminina! Uma coisa é aproveitar para reunir amigas que já não vêem há imenso tempo e assim porem a conversa em dia e se divertirem. Outra coisa completamente diferente é juntar amigas, colegas, conhecidas e familiares em torno do mesmo objectivo: ir à caça de homens!

    Dia Internacional da MulherEsta data não havia de ser comemorada sem que as pessoas soubessem a sua origem [*], e por isso espero que as senhoras por esse mundo fora tenham noção de que neste dia se comemora a força e a coragem de muitas mulheres, e não a sua histeria ou excitação descontrolada!

    Este ano vamos ser 15 na mesa de jantar. Amigas. (E têm mesmo de ser, porque vão todas esperar por mim, pois só posso jantar às 23h.) Embora umas mais próximas do que outras, obviamente. Não sei onde vou terminar a noite, mas vos garanto que não será num qualquer bar de
    strip que irá acolher as desesperadas que por aí andam...


    ___________________
    [*]
    Informação @
    Voz Oblíqua [há um ano atrás]
    Informação @
    Sapo
    Informação @
    ESELX

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    As Vacas também param por cá... terça-feira, março 07, 2006

    Cow Parade @ Lisboa 20006Hoje vamos falar de Vacas. Para quem não sabe, sou aficcionada por elas! Tenho-as em todo o lado: na louça da cozinha, no avental, na louça do WC, em peluches, em canetas, cadernos, meias, camisolas, etc! Até tenho uma mochila giríssima (que por acaso já não uso) e que dava origem a umas quantas piadas há uns anos na faculdade, quando todos andavam à procura da vaca da R.!!! Depois não posso também exprobar quando recebo MMS's com fotografias de vacas acompanhadas com textos estranhos como: Passei por este pasto e lembrei-me de ti!

    Para meu bel-prazer Portugal acolhe este ano a Cow Parade, um dos mais fenomenais e bem-sucedidos eventos contemporâneos de arte de rua de todo o mundo! Em quase 8 anos esta "parada de vacas" já conheceu cerca de 3 dezenas de cidades, tendo passado por Nova Iorque, Londres, Las Vegas, Bruxelas, São Paulo e Praga, entre muitas outras.

    Este projecto nasceu em Zurique (Suíça) em 1998, e desde então tem juntado inúmeros individuais e entidades em torno do mesmo objectivo: encontrar variadíssimas formas de expressão através da criatividade nesta arte pop, democratizando a cultura!

    A partir de Maio de 2006 as vacas vão invadir Portugal, e irão ficar expostas em locais estratégicos da nossa capital. O prazo de candidaturas para que o público pudesse pintar a sua vaca já terminou, estando neste momento a decorrer as votações para encontrar as mais originais, que irão posteriormente ser pintadas ao vivo, em tamanho real em fibra de vidro.

    As votações terminam hoje [7.Março], por isso passem pela página e elejam a(s) vossa(s) preferidas!

    Aqui fica um pouco do que podem encontrar por lá, sendo que estas foram as que levaram mais estrelinhas aqui da je-adore-vaches!


    Calçada Portuguesa Guitarra Portuguesa

    Pessoa Pinturas de Azulejos

    Ria e Moliceiros Amália

    Havemos de nos encontrar por lá, entre 15 de Maio e o final do mês de Agosto...

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    Equações... segunda-feira, março 06, 2006

    Não sei por que artes mágicas, encantos ou fascínios, mas a combinação...

    Capuccino

    @

    Amo.te

    com olhar sobre

    Ribeira

    igual a

    Equilíbrio

    ...faz milagres!

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    Forecast: And the Oscar® goes to... sexta-feira, março 03, 2006

    [Depois não digam que não avisei: este é talvez o post mais longo que alguma vez escrevi, e só deve lê-lo quem se interessar pelo tema, e realmente quiser conhecer uma opinião imparcial!]

    Oscar® @ Voz OblíquaHe’s bald. He’s short. But everyone in Hollywood wants to take him home! (Será pela sua utilidade enquanto afiadeira? Brejeira, mas divertidíssima piada de Jon Stewart.)

    Hoje apeteceu-me fazer algo diferente. Hoje apeteceu-me criticar cinema ousando. E ousando porquê?, questionam vocês (principalmente os que sabem que já o fiz em imprensa escrita há uns anos)! A minha ousadia está no facto de ir arriscar fazer a crítica à volta dos nomes e factos que estão na ribalta a pouco mais de 48h antes da entrega da estatueta dourada, sem ter visto quase título nenhum de que se fala! Parece estranho, não é? Pois o que muitos não sabem é que existem inúmeros críticos na “nossa praça” que fazem este exercício com grande frequência. E porque este espaço é meu e me apetece ousar, let the show begin!

    Corpse Bride @ Voz OblíquaSó vou falar de algumas das categorias, e por isso comecemos com uma pouco comentada, mas que é sempre uma das minhas preferidas: Melhor Filme Animado! O sucesso da série Wallace and Gromit, e a simpatia conquistada pelos dois divertidos personagens, fazem-me adivinhar que a estatueta está mais do que no papo para Nick Park, que bem pode dar graças por não estar a correr junto de algum filme da Pixar! Apesar de ser fã, admiradora, apaixonada e entusiasta do trabalho de Tim Burton, surpreender-me-ia ver a academia premiá-lo por Corpse Bride – A Noiva Cadáver. E não querendo deixar a minha veia anti-animação-nipónica vir ao de cima, não me parece que Hayao Miazaki consiga conquistar de novo o prémio, desta feita com Hauru no ugoku shiro, principalmente porque não prima pela originalidade, copiando a sua própria fórmula!

    A Marcha dos Pinguins @ Voz OblíquaNão me posso alongar muito na categoria de Melhor Documentário, pois não é aquela em que me sinto mais confortável, mas estendo a mão em jeito de aposta de que o Oscar® está mais do que garantido para A Marcha dos Pinguins, um documentário francês (e atenção, não digo isto por empatia com o “amigo” Pingu ali da Zona Franca)! São várias as receitas utilizadas por Luc Jacquet, que se recusou ao estigma de documentário “à la National Geographic”, tornando-o mais dramático com o recurso ao vozeamento das personagens principais. Pessoalmente sei que nunca conseguirei ver na íntegra este magnífico trabalho porque me sensibilizam alguns factores, mesmo que sejam intrínsecos à natureza mais natural (passo a redundância).

    OST Crash @ Voz OblíquaE porque aqui não há regras, permitam-me “saltar” para a categoria de Melhor Tema Original (porque há muitos filmes que valem pela originalidade da sua banda sonora). O meu favorito é o tema de Crash, com a belíssima voz de Kathleen York a lembrar os sentimentalistas já oscarizados. Este ano a academia decidiu reduzir a categoria a 3 únicos temas, e se antes a escolha era difícil por não existir um padrão, este ano será ainda mais redutora: na corrida está também Dolly Parton (barghh!) e um rap pela voz de Terrence Howard (independentemente de gostar ou não do género, julgo que o tema não abrilhanta, como seria de esperar desta categoria, e premiá-lo seria irritar ainda mais Eminem).

    Agora importa-me falar um pouco das prestações individuais, por isso vamos olhar com mais detalhe as categorias de Melhor Actor / Actriz e Melhor Actor / Actriz Secundário(a).

    Rachel Weisz @ Voz OblíquaNuma perspectiva positivista (e porque eu sou mesmo tendenciosa), Michelle Williams (que o grande público conhece do seu dramatismo na série Dawson’s Creek) deveria ser a premiada na categoria de Melhor Actriz Secundária, para assim repetir o feito de Cate Blanchett na 77ª edição – recordam-se que esse foi o único Oscar® para o filme mais falado antes da gala? Mas isso não vai acontecer, pois Rachel Weisz brilha demais em O Fiel Jardineiro, naquele que não é, com toda a certeza, um papel secundário. Frances McDormand aparece de novo na lista das nomeações com aquele que me parece ser um excelente papel em Terra Fria – e este é o filme que urge na minha lista “A ver” - a par com nomes como Amy Adams – quem é? – e Catherine Keener, demasiado light para sequer ser trazida à ribalta!

    Paul Giamatti @ Voz OblíquaWilliam Hurt arrebata com o seu mediatismo e renome, mas George Clooney vence na sensualidade e magnetismo na categoria de Melhor Actor Secundário. Jake Gillenhall arriscou num papel pouco consensual, mas a sua interpretação não surpreende, e muito menos convence! No entanto julgo que, não sendo o seu papel de todo secundário, esta foi uma manobra para que este pudesse ser trazido às listas. Matt Dilon foi sempre péssimo em qualquer registo que experimentou – aqui está um belo exemplo de como se consegue subir na carreira com um palminho de cara - por isso até estranho vê-lo na lista de nomeados a par com nomes tão sonantes. Paul Giamatti esteve sempre um na penumbra hollywoodesca, mas o empurrãozinho de Russel Crowe pode ter sido mais do que suficiente para se tornar o favorito nesta categoria.

    Felicity Huffman @ Voz OblíquaEstupidamente acusada de estar a tentar repetir a fórmula kilinhos-a-mais-oscar®-garantido, Charlize Theron podia ser a favorita como Melhor Actriz, mas na minha opinião está a milhas de distância das capacidades exibidas em Monstro. Porque há-de sempre haver uma veterana nestas categorias, abram alas a Judi Dench, que gostaria de levar nova estatueta para casa, desta feita numa categoria mais ambiciosa. Curiosíssima por assistir ao desempenho de Keira Knightley em Orgulho e Preconceito, atrevo-me a desmistificar esta nomeação, pois Keira, conseguindo sempre o objectivo dos papéis que lhe oferecem, não teve ainda oportunidade de surpreender, estando por isso na prateleira dos desempenhos ligeiros! Se me parece que Reese Whiterspoon esteve sempre aquém nos seus papéis dramáticos, ter-se tornado morena para interpretar uma grande senhora da década de 60 foi o seu passo em frente à conquista de uma nomeação que julgo que nem ela pensava ser possível. Há inúmeros factores a jogar a seu favor, mas regozijar-me-ia se Felicity Huffman fosse abrilhantada pela sua flexibilidade em surpreender num registo dramático, tanto quanto já admirou em comédia.

    Philip Seymour Hoffman @ Voz OblíquaNa categoria de Melhor Actor destacam-se 3 nomes, e por isso deixo já de parte os menos mediáticos David Strathairn e Terrence Howard. Phoenix empresta o seu carisma a Johnny Cash, mas já me habituou a interpretações brilhantes, sendo que esta não traz muitas coisas novas. Heath Ledger está muito bem em Brokeback Mountain, mas importa perceber se está realmente à altura de figurar numa lista cujos últimos nomes são Jamie Foxx, Sean Penn e Adrien Brody. Não restam dúvidas de que tendo factualmente para Philip Seymour Hoffman, pois o senhor é brilhante a cada papel que “veste”! Ainda antes de ter assistido aos 45 minutos do Make-off de Capote estava mais do que convencida de que a estatueta dourada já tinha destinatário mais que previsto nesta categoria.

    Ang Lee @ Voz OblíquaSpielberg já não está nos seus apogeus, e George Clooney é novato nestas andanças. Bennett Miller está por detrás de um grande filme, mas a realização parece não ser de todo ousada. Paul Haggis tem um vasto currículo, mas nenhuma técnica que cause surpresa. Ang Lee é por isso o grande favorito na categoria de Melhor Realizador, e tem o seu mérito por algumas das técnicas adoptadas, e por ter conseguido excelentes planos, em parte sustentados pelas magníficas paisagens de Brokeback.

    Capote @ Voz OblíquaQuanto a filmes, e porque já resta muito pouco a dizer, julgo que Capote reúne os ingredientes para ser o favorito da noite. Espero que fique para trás o aclamado Brokeback Mountain, pois se a estatueta lhe for dirigida, a Academia dará a sua maior prova de homofobia de sempre – parecerá demasiado propositado para premiar uma minoria que ainda não tem muito historial na história do cinema. O filme tem muito mérito, ousadia e um belíssimo argumento (adaptado), mas está aquém de películas previamente oscarizadas.

    E porque já só volto cá depois da noite das estatuetas douradas e da passadeira vermelha, deixo alguns conselhos aos cinéfilos:
    * dormir muito e bem antes da grande noite;
    * para os que não dominarem tão bem a língua inglesa, previnam-se com um dicionário para não perderem nada que o pródigo humorista do The Daily Show possa dizer;
    * um balde de pipocas, chips e coca-cola são óptimos appetizers;
    * escolham a dedo a vossa companhia, pois a noite avizinha-se longa!

    Façam as vossas apostas e… divirtam-se!

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