Voz Oblíqua: fevereiro 2006
 
    The Voice Mail

 

Voz Oblíqua

Voz: [subst. fem.] Produção de sons emitidos no ser humano pela laringe com o ar que sai dos pulmões; grito; clamor; linguagem; fig. opinião; poder; inspiração; conselho; sugestão. Oblíqua: [adj. fem.] enviesado; torto; vesgo; fig. indirecto; dissimulado; ambíguo; dúbio.
 
 
 

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      Contagem decrescente para a caça mais atroz do mundo inteiro...

      ANIMAL

     
    Perdi-me na Infância domingo, fevereiro 26, 2006

    E.T.Esta tarde senti saudades de ser criança! Sentada em frente do televisor reencontrei o ET. Há já algum tempo planeava revisitá-lo, mas por força das circunstâncias isso só veio a acontecer hoje. Estranho como, passados tantos anos, quase todos os momentos estavam tão bem presentes. Coloquei-me inúmeras perguntas a cada cena revista. Levantei alguns "porquês" e muitos "comos"!

    Hoje, em frente ao televisor, chorei como há 17 anos atrás naquela sala de cinema cheia de crianças que não podiam imaginar que, mais do que muitos amigos, a vida lhes roubaria a inocência e a ingenuidade.

    Gostava de descobrir em que data deixei de acreditar na fantasia! Gostava de conhecer quem me roubou o sorriso puro, o mesmo que oferecia aos que estavam à minha volta quando era criança.

    Por que deixei de acreditar que a força da minha crença me permitiria voar? Quando deixamos de crer que uma flor pode ganhar vida quando sente a amizade e o amor em seu redor? Em que altura perdemos a fé de que uma ferida pode ser curada com o toque de um ser puro? Como é possível que nos permitamos abrir mão da ingenuidade de criança para nos tornamos adultos egocêntricos e agnósticos?

    Agora, se me permitem, ao som dos acordes que me transportam para o imaginário, vou cerrar os olhos bem forte, tal como o Elliot fez, acreditando que os pedais da minha bicicleta podem realmente levar-me a voar...


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    Crónicas da Vida Real - VI sexta-feira, fevereiro 24, 2006

    Quem: um casal in their late twenties
    Quando: Sábado à noite
    Onde: numa qualquer mesa de café
    Como: Ela lê o jornal; ele olha à sua volta
    O quê: clara falta de empatia
    Porquê: a decifrar
    Contexto: sentados, sem falar um com outro, pensam...

    Casal aborrecidoEla: Porque é que ele não fala comigo? Será que está chateado com alguma coisa? Terá sido algo que eu fiz ou disse? Nem sequer reparou que mudei de penteado... Há pouco tocou o telemóvel: teria sido outra mulher? Ou estará à procura de um motivo para me levar a casa para estar à vontade para ir ter com os amigos? Sinto falta do seu carinho e da sua atenção... Nas últimas vezes que fizemos amor já nem sequer prestou atenção aos preliminares! Espera... agora não tira os olhos daquela mesa. De certeza que gostava de tentar seduzir aquela loira que acabou de entrar! Eu sabia... agora qualquer uma é melhor do que eu!!!!

    Ele: O Benfica ganhou ontem! #$*@%&, já ninguém atura a presunção dos lampiões!!!

    Questão: será que realmente falamos línguas diferentes?

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    Ególatras Umbilicais quarta-feira, fevereiro 22, 2006

    Ególatras UmbilicaisSaí esbaforida naquele dia. Apressei-me pelas escadas abaixo, cruzei com um vizinho que não consigo descrever e deixei escapar um "bom dia, como vai?". Nem dei importância à ausência do seu feedback! Sabia ir encontrar um dia agitado depois da porta do prédio, e não me podia deter em hesitações.

    Enquanto descia a avenida e analisava o meu reflexo nas montras das lojas, não fosse ter trajado algo do lado do avesso, tropecei nuns quantos rostos familiares. A eles sorri e questionei "passou bem?". Alguns espécimes mais distraídos responderam em gestos mecânicos. Talvez até nem me tenham notado.

    Outros conhecidos, menos desatentos, devolveram-me a questão com a devida direcção, mas na verdade eu também não lhes ofereci qualquer resposta.

    Quando começava a reflectir que naquela manhã ainda não me tinha aberto ao mundo, ou recebido um sinal da sua abertura para comigo, algo fez-me despertar numa maior clarividência. Já quase a chegar ao local de trabalho, avistei a Ana. Sustive-me por alguns segundos na ponderação das minhas obrigações sociais e escolhi esperar para lhe dar um "olá".

    Assim que percebeu a minha presença, rasgou o sorriso e acelerou o passo. Enquanto nos cumprimentávamos, deixei escapar um natural "estás boa?", quando quase em simultâneo recebia a questão "como estás?". Em frases apressadas e atropeladas contei-lhe do projecto em que estava envolta e de como andava tão realizada, quanto cansada.

    De sorriso solidário, a Ana afagou o meu ânimo com algumas palavras de força e falou-me de si. Entre relatos e histórias breves dos seus sucessos pessoais e profissionais, percebi no seu júbilo quão cristalina estava a sua aura.

    Não despendi mais do que dez dos meus preciosos minutos e acabei aquele deleitoso encontro com um suspiro sorridente invejavelmente invejoso. Fiquei feliz pela minha amiga! Mas acima de tudo fiquei surpreendida pelo carácter rejuvenescedor daquela troca de palavras.

    Quando me sentei à secretária para começar a organizar o trabalho daquele dia, já nada me soava a aborrecido ou fastidioso! Foi então que fui assaltada por uma questão concreta do meu subconsciente:

    Em que altura da nossa vida somos forçados a voltar-nos para o nosso umbigo, acreditando que nunca há tempo para mimar as nossas afeições, ao invés de realmente desejar uma resposta quando saudamos alguém?


    @ Voz das Beiras [22.Fev'06]

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    Acorrentada segunda-feira, fevereiro 20, 2006

    Quatro Quartos

    Desafio aceite, esclarecido, respondível e respondido à
    Cientista!

    Quatro filmes que posso ver vezes sem conta:

    1] A Raíz do Medo (Pelas magníficas interpretações e pelo "fabulástico" argumento.)
    2] Alta Fidelidade (John Cusack deslinda toda a essência das relações.)
    3] Pulp Fiction (Pelo fascínio do Tarantino dos velhos tempos.)
    4] Notting Hill (Porque sou romântica.)

    Quatro sítios onde vivi:

    1] São João da Madeira (Casa dos Papás.)
    2] Vila Real (Nos dois primeiros anos da vida académica.)
    3] Aveiro (Há 9 anos.)
    4] N/A

    Quatro séries televisivas que não perco:

    1] Sexo e a Cidade (Religiosamente.)
    2] Donas de Casa Desesperadas (A atingir o estatuto da primeira.)
    3] Las Vegas vs. CSI (Porque apareciam no mesmo dia e à mesma hora em duas grelhas de programação diferentes.)
    4] Marés Vivas (Private Joke.)

    Quatro sítios onde estive de férias:

    1] Norte
    2] Sul
    3] Interior
    4] Litoral

    Quatro dos meus pratos preferidos:

    1] Francesinha Veggie
    2] Bolonhesa de Seitan
    3] Caldo Verde
    4] Búzios verdi

    Quatro Websites que visito diariamente:

    1] Google (o meu aliado em trabalho e lazer)
    2] Gmail / Yahoo / Hotmail (para pôr a correspondência em dia)
    3] O meu blog
    4] O site da minha rádio favorita para ouvir as novidades

    Quatro sítios onde gostaria de estar agora:

    1] Com uma companhia agradável.
    2] Com a companhia preferida.
    3] Longe do ambiente de trabalho.
    4] Mais perto de amigos.

    Quatro bloggers que desafio a fazer este questionário:

    1] Aquele que quiser fazer uma pausa no trabalho por 5 minutos.
    2] O que pretender fazer uma pequenina instrospectiva.
    3] O realmente viciado nestas correntes.
    4] Aquele que melhor ironiza...


    * * * * * * * * * * * * * * * * * *

    Entretanto, e porque eu sou uma atrasada a responder a estas correntes, acumulei o convite da SoNosCredita e da minha querida Dona do Café, mas felizmente era para o mesmo!

    5 Manias

    Regulamento: «Cada bloguista participante tem de enunciar cinco manias suas, hábitos muito pessoais que os diferenciem do comum dos mortais. E além de dar ao público conhecimento dessas particularidades, tem de escolher cinco outros bloguistas para entrarem igualmente no jogo, não se esquecendo de deixar nos respectivos blogs aviso do "recrutamento". Ademais, cada participante deve reproduzir este regulamento no seu blog».

    »» Abrir (estranhamente) a boca quando coloco rímel! Nunca li nada sobre isto, mas sei que a Bridget Jones sofre da mesma patologia.

    »» Fazer festas a todos os cães com que me cruzo na rua (e já houve tempos em que atravessava a estrada se os via no passeio da outra banda)!

    »» Manter a televisão ligada, mesmo sem som, enquanto me ocupo de outras tarefas.

    »» Fechar as portas dos compartimentos em que me encontro. Por mais anormal que isto possa soar, sinto-me desamparada de outra forma...

    »» Encher as minhas frases na oralidade com muitos, muitos, tiques de linguagem. A saber alguns: "claramente", "precisamente", "honestamente", "impreterivelmente" e "q.b."! Também há expressões características de que muitas vezes os que me rodeiam fazem troça, e a destacar são «não acho isto nada normal» ou em, tom irónico, «eu não acredito»!

    Agora passo a batata quente...
    1] ... ao meu "
    afilhado";
    2] ... ao meu
    companheiro de conversas estranhas;
    3] ... ao
    marketeer que nunca me visita, mas que tem sempre umas palavras simpáticas para mim via e-mail;
    4] ... a uma
    amiga reconquistada;
    5] ... a
    alguém que, tenho a certeza, me vai dar excelentes respostas.

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    O "tudo" que o vento levou... domingo, fevereiro 19, 2006

    O tudo que o vento levou...O post-it que havia colado ontem no monitor do meu computador parece ter sido levado por uma das rajadas de vento que se fizeram sentir hoje. Maldita borrasca…

    A concentração estava a meu favor e as ideias fluíam de modo assertivo. O tal trabalho aborrecido e as tarefas enfastiosas decorriam a bom ritmo, mas ignorei um nervoso miudinho que me agitava o subconsciente. Não sei quantas vezes ele teria de latejar para eu o poder sentir e limar, mas aprendi que preciso de estar sempre atenta, mesmo às coisas que não sinto!

    Sempre que paro para pensar e ponderar consigo transcender-me. No entanto, muitas vezes, ajo por impulsos que dissimulam frustrações, e por isso torna-se complicado prevê-los e preveni-los! E o que acontece? Perco o norte aos meus princípios, e deixo transbordar cá para fora o que pulsava no meu âmago. De seguida vem a surpresa. A minha, porque nem eu me reconheço, e a dos outros, porque não conseguem interpretar estas desordens.

    Como se pode pedir perdão por algo de que nós próprios não tivemos responsabilidade? Como nos podemos desculpar pelas traições do nosso subconsciente?

    Até que ponto merecemos que seja conduzido a sentença de perda algo de grandioso, quando a transgressão foi, única e exclusivamente, da responsabilidade do nosso imo?

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    Para lembrar... sexta-feira, fevereiro 17, 2006

    Entre trabalhos aborrecidos e tarefas enfastiosas, senti a necessidade de colocar um post-it no ecrã do meu computador:

    Post-it


    [Tempo para uma pequenina zombaria: o post em baixo foi claramente uma prova, bem mais possante do que podia imaginar, que de facto há por aí um grande número de inertes! Envergonho-me...]

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    Assim vamos... quarta-feira, fevereiro 15, 2006

    Tristeza
    substantivo feminino
    1. estado de quem sente insatisfação, mal-estar ou abatimento; melancolia; angústia; inquietação
    2. causa que provoca abatimento, estado depressivo ou nostaligia; pena; mágoa; aflição; consternação

    [in Porto Editora]

    Foca Bebé abatida à PauladaÉ isto que sinto cada vez que visito
    esta página! Dia após dia, minuto após minuto e segundo após segundo, aproximamo-nos mais do horror, e eu não posso evitar sentir um profundo desânimo e grande desalento!

    Nessa página podemos assistir à contagem decrescente (e com grande precisão) até ao momento de abertura da caça oficial às focas bebés no Canadá! E o que se vai passar depois? Durante meses milhares de animais vão ser abatidos (apesar de linguisticamente este ser o termo correcto, não me parece que deixe transparecer a verdadeira atrocidade, que não é senão matar um animal, usualmente com menos de 3 meses de vida, à paulada).

    São muitos os lobbies e interesses por detrás desta prática que, infelizmente, faz já História num país que se espera civilizado! Disponibilizo um documento que redigi no ano passado, pois em tentativa naïf procurei audiência em Assembleia da República para sugerir que o Governo Português tomasse uma resolução pública, à semelhança de quase todos os países europeus civilizados, boicotando a entrada de produtos canadianos no nosso país durante o período de abertura de caça! Obtive apenas resposta dos partidos com maior preocupação pelas causas humanitárias. Nenhum dos "grandes" se incomodou em dizer alguma coisa...

    Confesso que não quero baixar a guarda! Aliás, nem sequer consigo, face a este tipo de barbaridades, mas dói muito perceber que Portugal é, de facto, um país de pessoas que não têm vontade nenhuma de fazer a diferença! Aliás, quantos dos que começaram a ler estas linhas não desistiram já? E quantos de vocês, que ainda me estão a ler, vão tentar fazer alguma coisa, que mais não seja difundindo a informação?

    Percebem o que quero dizer? Eu não sou inerte, meus caros, nem posso ser. Sou apenas uma pessoa, mas posso fazer toda a diferença, pelo menos para os que estão à minha volta!

    Os meus recursos nesta luta são de algum modo escassos, e a energia deve ser veiculada através de minuciosa estratégia. Eu faço uso da minha racionalidade e ajo!

    Queres agir também?

    Dossier Informativo sobre a Caça às Focas Bebés @ Canadá
    [Extensão do documento - .pdf]

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    14 de Fevereiro ::: Dia de São Valentim terça-feira, fevereiro 14, 2006

    No dia em que se celebra o amor procurei a sua definição!

    Definição de Amor@Voz Oblíqua

    Depois pensei em tentar de algum modo fazer-lhe um elogio, mas fiquei-me pela dúvida se tal assunto merece uma exaltação! Depois ocorreu-me dizer algo. Mas afinal já alguém o disse antes.

    Mas... posso citálo?

    O AMOR É FODIDO!!!

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    Qualidade Quantitativa vs. Quantidade Qualitativa... sábado, fevereiro 11, 2006

    ...ou o que nos faz decidir entre a monogamia e a bigamia?

    Monogamia@Voz OblíquaNão importa como chegámos até aqui, mas a verdade é que demos por nós a falar sobre a condição de nos entregarmos apenas a um único companheiro, ignorando tentações paralelas. Por outras palavras, a conversa acabou ao estabelecer-se a dicotomia «monogamia vs. bigamia». Foi assim com o meu amigo Francisco. E com o seu devido consentimento, a conversa vai ser aqui transcrita, e foi mais ou menos assim:


    (...)
    Eu: A bigamia está fora de moda! E a poligamia ainda
    mais...

    Ele: Mas achas que o Homem é um ser monogâmico?

    Eu: O seu lado irracional faz dele um ser polígamo, mas a racionalidade e a emoção fê-lo perceber que mais vale assentar e optar por uma única parceira! Até porque a quantidade não é obrigatoriamente melhor do que a qualidade!

    Ele: Hummm... Boa explicação, mas não sei se me convence totalmente! (Com um sorriso atrevido.) Porque se é verdade que temos um factor racional, toma em atenção que o instinto que temos é muito poligâmico!

    Eu: Não me digas que estás a pensar voltar-te novamente para a quantidade num destes dias...

    Ele: (A rir.) Não se trata disso! Até porque posso ter quantidade qualitativa.

    Eu: Ou qualidade quantitativa? Fica aqui a dúvida...

    Ele: A minha verdadeira pergunta é: será que o facto de sermos monogâmicos é puramente racional e puro, ou é por constrangimentos sociais e culturais?
    (...)

    Antes de continuarem a ler, pedia-vos que reflectissem um pouquinho nisto! Que levante o braço quem nunca traiu, mesmo que apenas em pensamento. E o que é a traição?

    Talvez até devamos começar por aqui! Há dias, em conversa com outra pessoa, referi que julgava bem mais grave a traição "cerebral" (aquela que acontece na nossa cabeça, quando fantasiamos com outra pessoa que não o nosso companheiro): fechar os olhos enquanto o beijamos, sonhando tratar-se de outra pessoa; conversar com ele, esperando que as suas respostas sejam aquelas que sabemos que iríamos obter com o outro; dar-lhe a mão e segurá-la com força pensando noutro alguém... E pior: viver em constante comparação entre os dois (o verdadeiro, e o dono da nossa fantasia)! Dito assim ganha novos contornos e uma maior proporção, não é?

    A minha opinião com relação a esta matéria é taxativa: o Homem é realmente um ser polígamo por natureza, e isto reflecte-se no dia-a-dia, porque todos podemos ser vítimas de tentações. Mas há muitos anos atrás alguém se atreveu na presunção de chamar o Homem de "ser racional". Se por um lado não concordo com a acepção desta expressão, sou forçada a trazê-la para este contexto: porque o Homem tem de facto o dever de pensar nos seus actos, assumir as suas consequências, mas principalmente tem a obrigação de perceber o porquê das suas acções. E o poder de escolha é o seu maior acto de liberdade...

    Aqui viajamos até ao momento em que deitamos para trás das costas os valores construídos com aquele a quem jurámos fidelidade, e acreditamos que um momento de prazer (momento esse que se pode estender por período indeterminado) será a resposta para as nossas ânsias. Tudo se resume a alguns minutos, ou àqueles milésimos de segundo em que podemos dizer que "não", mas somos traídos por um "sim" do nosso subconsciente! E o que procuramos quando nos entregamos a uma segunda pessoa, escondendo isso da primeira? Vamos em busca de bem-estar puramente carnal, ou de afecto? Se procuramos afecto, perguntem: porquê manter a união com a primeira pessoa, se nos falta o mais básico?

    Egoísmo, meus caros, o egoísmo é o que jaz a traição! Trata-se de um jogo que em nada difere d'O Elo Mais Fraco: Vamos a ver com quem me entendo melhor, e logo dispenso quem estiver a mais. Por muito duro que isto possa parecer, se olharmos bem para o nosso imo, é isto que acontece quando nos deixamos cair em tentação!

    Por isso, e com a questão do Francisco em mente, penso que estou em condições de concluir que a instigação do Homem para com a monogamia poderá ter a ver com os dois factores por ele apontados! Por um lado, temos aquelas pessoas que passam a vida a cair em tentação cerebralmente, e que traem descaradamente o seu companheiro de olhos fechados mesmo quando estão do seu lado, indivíduos que claramente não se atrevem a ir mais longe por se sentirem inibidos com as várias pressões sociais. Bigamia@Voz OblíquaE por outro lado, percebemos que existe toda uma categoria de pessoas que optam por racionalizar os seus actos, percebendo que o acto de escolha não é em si simplicista, e que um escasso momento de prazer pode arrastar consigo consequências graves que poderão destabilizar a felicidade do casal, que per si costuma representar bem mais do que um acto de traição, por mais estrondoso (leia-se aprazível) que ele seja!

    Apesar de ter sido capaz de teorizar sobre esta questão, não julguem que não sobram demais contendas. Aquela com que mais tenho matutado depois desta minha conclusão é a seguinte:



    Num mundo de infinitas opções, o que nos traz a certeza de que a nossa escolha é a mais correcta?

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    Crónicas da Vida Real - V quarta-feira, fevereiro 08, 2006

    Melhores amigos

    Longevidade vs. QualidadeEle: Pedi-a em casamento!

    Amiga: Mas... estás louco? Só a conheces há 8 semanas!?!?!

    Ele: Não, estou apenas apaixonado e sei que ela é a mulher da minha vida.

    Amiga: Mas estão juntos há tão pouco tempo...

    Ele: O coração ordena! Senti que isto era o mais correcto a fazer. Posso levar mais de 8 semanas a preparar o casamento, mas quero que ela saiba, com toda a certeza, que é a ela que vou dedicar todo o meu amor durante o resto dos meus dias!

    Amiga: Tens noção do que dizes? Tens ideia que nada disso faz muito sentido?

    Ele: Porque me tentas trazer sempre à realidade, em vez de apenas ficares feliz por mim?

    Amiga: Só te estou a fazer perceber que estás a ser precipitado. Eu tenho uma relação com um pacote de leite no meu frigorífico há mais tempo do que tu te relacionas com ela!!!

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    Eis o porquê da contagem decrescente: domingo, fevereiro 05, 2006

    Notícia_1º Aniversário Voz Oblíqua
    [Clica para aumentar a imagem.]

    Foi sentada a uma mesa de café que decidi permitir que todos lessem os meus argumentos, em parte sob a grande influência do paleio de um grande amigo. Segui a toda a velocidade em cima de uma vespita confortável, pois não podia chegar a passo de caracol!

    Passear na blogosfera é ser-se
    cidadão do mundo, nem que para isso nos tenhamos de proteger dos climas mais húmidos com um belo chapéu de chuva! Poder equilibrar o nosso espaço é criar um autêntico paraíso no inferno.

    A
    páginas tantas da minha viagem apadrinhei uma menina marota, recordando as suas magníficas palavras da última noite, qual imagem de gato em telhado! Gosto da agilidade e da criatividade de uma gata, em particular.

    Por vezes sinto-me
    desconhecida, ou simplesmente niilista na corda bamba! Sou apenas uma gotinha com fragmentos do meu ego a partilhar... Tenho inúmeras respostas paralelas e muitas palavras ao acaso!

    Oferece-me um
    pouco de chá e roga-me conversas. É o que mais prazer me dá... Por vezes posso apenas ter comentários ignorantes, ou apenas embirrar porque não quero crescer. Mas permite-te oferecer-me conselhos ao som de música, aconchegando-os debaixo das tuas asas, porque podem chegar de muito longe!

    Gostava de ter a sabedoria de um
    mocho, poder descobrir a cor dos sonhos, e viver para sempre numa cidade mágica. Talvez não deixe pegadas tão vincadas como as de um urso nesta passagem entre margens, mas vou continuar transparente como o celofane, ou franca, como algumas zonas! Por quanto tempo? Alguns meses, espero que bem mais que sete... Afinal de contas, tudo conta quando esta voz tenta manter-se como o eco de mim mesma!

    Este espaço pode não deixar nunca de ser um
    monólogo a várias vozes, e perdoem-me se algumas conversas forem mesmo de "xaxa"! Por vezes construirei apenas metáforas, como se de uma simples fábula se tratasse! Noutras vezes assumirei a pretensão de ficar em uníssono com todos, como se a um qualquer clube secreto pertencêssemos!

    Deambulismos à parte, e com as incertezas deixadas no passado, abro o livro e tento ler por entres luzes e sombras. Por vezes não sei por onde vou, ou por que margens de um sonho devo trilhar...

    Este blog vai continuar em busca de
    novos voos, e não será nunca propriedade privada ou pólvora seca! Apesar de toda a minha vida jazer por aqui, o espaço não pode ser apenas meu... É uma caixa de pandora com ânsia de ser descoberta, um pé de meia para me conseguir transcender. Vou continuar em estilo de pormenoridades em república com um travo a sal!

    Sentada num
    banco de recordações de uma qualquer mesa psicótica dou os parabéns a todos os que foram parte integrante do meu crescimento na blogosfera!

    1º Aniversário @ Voz OblíquaQuis contemplar aqueles que de alguma forma fizeram nascer e manter este bichinho em mim, o que me faz ter vontade de fazer parte de um mundo à parte (com o devido perdão pela redundância): a blogosfera!

    Foram 365 dias de um estranho envolvimento com outros tantos estranhos! Mas vocês foram, sem qualquer sombra de dúvida, a parte mais saborosa das minhas horas!

    Um grande bem-haja para os que aqui mencionei, sem esquecer de prestar o devido reconhecimento às outras centenas de conhecidos que por aqui construí!

    Pergunta de retórica: até para o ano?

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    Contagem Decrescente [3] sábado, fevereiro 04, 2006

    Party @ Voz Oblíqua

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    Contagem Decrescente [2] sexta-feira, fevereiro 03, 2006

    Party @ Voz Oblíqua

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    Contagem Decrescente [1] quinta-feira, fevereiro 02, 2006

    Party @ Voz Oblíqua

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