Voz Oblíqua: junho 2006
 
    The Voice Mail

 

Voz Oblíqua

Voz: [subst. fem.] Produção de sons emitidos no ser humano pela laringe com o ar que sai dos pulmões; grito; clamor; linguagem; fig. opinião; poder; inspiração; conselho; sugestão. Oblíqua: [adj. fem.] enviesado; torto; vesgo; fig. indirecto; dissimulado; ambíguo; dúbio.
 
 
 

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    This is the end!

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    Pimentos, cheiro a sardinha, martelos e fogueiras... quinta-feira, junho 22, 2006


    Santo António já se acabou
    O São Pedro está-se a acabar
    São João, São João, São João
    dá cá um balão
    para eu brincar!



    Fogueira de São João
    [É já amanhã à noite, no único local do mundo
    onde esta festa se vive à grande...
    ]

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    So listen 2 the radio... segunda-feira, junho 19, 2006

    No dia em que se inicia uma nova fase da minha vida, com nova função descrita contratualmente, readquire-se o velho hábito de ouvir rádio! E repara-se que há coisas que nunca mudam...

    A viagem de casa ao trabalho é demorada e entre trânsito intenso, às vezes dividido em 3 faixas paralelas. Param os automóveis nos semáforos e espreitam-se os habitáculos vizinhos! Uns bocejam, outros atentam, uns aborrecem-se, e os outros, os mais prazenteiros, cantam e dançam! Gosto de lhes sorrir e adivinhar o que ouvem.

    Por vezes esqueço-me que não estou sozinha e gargalho com os animadores de rádio, nos intervalos das músicas que me animam!

    Há anos atrás, na voz de Freddie Mercury, cantava-se o apelo para que este nosso companheiro nunca desaparecesse, mas a verdade é que, depois da TV, surgiram outros objectos concorrentes, e no carro privilegiam-se os leitores de CD ou MP3!

    Chamem-me old fashion, mas nada se equipara à surpresa e à boa disposição constante nas nossas emissoras! E como viciada em zapping que sou, exercitam-se os músculos do indicador na procura da estação que mais entretém no momento!

    Porque se avizinham longas horas passadas na companhia de vozes simpáticas e sem rosto, deixo um obrigada às que mais me rasgam o sorriso:
    [E porque ela não me perdoava se não lhe fizesse menção:]




    Let's hope you never leave old friend
    Like all good things on you we depend
    So stick around cos we might miss you
    When we grow tired of all this visual

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    Crónicas da Vida Real - XVIII terça-feira, junho 13, 2006

    Passou aqueles dias de telemóvel no bolso. Não tinha tanta proximidade com aquele pequeno aparelho, e o factual estado de habituação levava-a à incerteza do seu exercício com todas as suas competências. A ansiedade conduzia-lhe a mão à algibeira mais vezes do que seria realmente necessário, e foi então que sorriu sozinha no termo de graça que tinha encontrado:

    Tlm@bolso

    O modo de vibração do telemóvel é como o orgasmo feminino: quando guardamos o pequeno aparelho no bolso e pensamos que o sentimos vibrar, de certeza que não aconteceu. Assim como o clímax: quando não se tem a certeza, é porque não fooooooooi...

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    40.000 clicks! domingo, junho 11, 2006

    A vida é ironicamente irresistível! Se eu vos contasse... Mas não o vou fazer!

    Tenho andado graciosamente longe destas lides, e esta é uma breve passagem pela blogosfera para deixar a prova, não dos "9", mas dos "40.000", prova que o meu amigo Mitras me deixou no e-mail! A ele um grande obrigada pela atenção, e a todos os que clicaram para este número um beijinho com votos de vos poder encontrar por cá mais vezes!


    40.000 visitas

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    I'm single and right now that's how I wanna be! segunda-feira, junho 05, 2006

    Este fim-de-semana, entre conversas de gajas, mistas e afins [], alguém se queixava - começa a ser indesejadamente habitual - do seu lamentável estado de solitária! As mulheres, em particular, lidam cada vez pior com a desilusão da não-existência do Príncipe Encantado com que toda a vida sonharam, e muitas delas tornam-se Maria's, conforme o retrato-robot na crónica em baixo!

    A conversa emanou sem entraves, e acabaram listadas algumas das vantagens de se ser solteiro. Aqui deixo a transcrição da lista que deve apenas ser lida por cavalheiros solitários ou damas solteiras! Os amantes, namorados, casados ou semelhantes que se escusem, pois não irão compreender, e só vão deturpar o que foi conseguido a muito custo: convencer os solitários mais cépticos!
    1. Não temos de lutar pela posse do telecomando da TV.
    2. Não temos de lavar as suas meias malcheirosas.
    3. Não há uma data de sapatos espalhados no meio da sala, daqueles onde tropeçamos quando chegamos às 6h da manhã...
    4. Podemos ficar deitados na banheira o tempo que quisermos, sem ninguém a bater à porta do WC a dizer que o quer usar!
    5. Não temos de fingir orgasmos.
    6. A depilação deixa de fazer parte da agenda semanal.
    7. Nunca ouvimos ninguém dizer com olhar crítico "Não vais vestir isso, pois não?".
    8. Adoramos não ter de contar com ninguém! Se queremos fazer alguma coisa, fazemos...
    9. Controlamos as nossas finanças, e se houver algum deslize será sempre por nossa causa, e não porque o "nosso" homem gastou demais em bares com os amigos.
    10. Se temos a sorte de ter cama de casal, não é tão bom tê-la toda só para nós?
    11. Podemos estar de mau humor sem que ninguém tente tirar "nabos da púcara"!
    12. Não acordamos a meio da noite com o soar do seu ressonar...
    13. Adoramos sair à noite, sem ter de reportar tudo quando chegamos a casa! Quem tem paciência?
    14. Vamos às compras sem traçar planos mirabolantes para esconder as peças no guarda-roupa, para mais tarde fingir que as temos há séculos!
    15. Os convites para sair surgem como cogumelos, e podemos sair com toda a gente despretenciosamente...
    16. Podemos realmente dizer o que pensamos a todos os homens, em vez de estarmos preocupadas em manter a paz.
    17. Outro prazer: comer o que quisermos, às horas que quisermos!
    18. Se fores para o ginásio é porque tu queres, e não porque ele sugere que estás a precisar de perder uns quilinhos!
    19. Estamos sempre à vontade para convidar os nossos amigos para jantar lá em casa sem nos preocuparmos se mais alguém precisa de gostar deles!
    20. Podemos abrir as cortinas assim que acordamos, ao invés de tentar fazer tudo às escuras, só porque ele não precisa de se levantar cedo...
    21. O menu do jantar nunca se torna numa enorme discussão, pois só temos de aconchegar o estômago que melhor conhecemos: o nosso!
    22. Quando pômos um CD na aparelhagem, não somos ridicularizadas se pusermos alguma faixa em repeat...
    23. Se carregarmos o telemóvel de 2 em 2 dias, não temos ninguém a quem temer explicar porquê!
    24. Podemos ficar a noite toda a ler na cama sem nos preocuparmos se a nossa luz está a incomodar alguém...
    25. Há imenso espaço no guarda-roupa!
    26. Não passamos horas a fingirmos interesse perante montras de computadores, ou em exposições de motas ou carros.
    27. Podemos desarrumar a casa à vontade, pois sabemos que não teremos de responsabilizar alguém que raramente ajuda nas limpezas!
    28. Last but not the least (a minha preferida): a tampa da sanita está sempre em baixo e sem salpicos...

    Convencidas?

    Para apimentar ainda mais o post dedico o hino das solteiras a todas as mulheres que não se assustam com a solidão! Um bem-haja...

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    Autocomiseração ou hetero-exclusão? quinta-feira, junho 01, 2006

    Gostava de vos falar da Maria. Conheço-a desde a minha infância e brincámos inúmeras vezes juntas. Quando éramos crianças a Maria já se realçava como a mais espevita, e bem cedo despertou para o bel-prazer da conquista e do acto de se ser conquistado. De espírito errante e alma criativa, estudou arte nas mais bonitas cidades do mundo e deixou-se seduzir pelos corpos desnudos que transpunha nas suas telas.

    Habituada aos encómios nas galerias de arte, e aos ritos de sedução gratuita dos homens fugazes e efémeros da sua vida, a Maria tornou-se numa daquelas mulheres com exacerbado pavor à própria ideia imaginada de terminar os seus dias sem a companhia de alguém que lhe dê atenção e renove os seus afagos e primores com frequência.

    Tal como muitas outras mulheres, a barreira delimitadora do seu estado de absoluta compaixão para consigo mesma tornou-se mais manifesta na chegada ao que vulgarmente designamos pelos “intas”. Pobre Maria, na tentativa de recuperar o glamour e a sofisticação dos seus dias ufanos e a segurança de uma pele sem asperezas ou brilhos, mostra o seu indestronável sorriso às objectivas estranhas e a estranhos objectivos. É o jogo do vale-tudo para encontrar o Príncipe Encantado que deverá sair directamente das páginas dos contos fantasiosos que líamos juntas, para os trechos dos capítulos com que ela deseja encerrar a sua história.

    Ridícula, ridicularizada e ridicularizante, a Maria tornou-se numa daquelas mulheres que não encontrou a perfeita união da sua sobriedade e inteligência profissional com o requinte selectivo inato à arte de se deixar conquistar, pelo que não é invulgar encontrá-la com vários espécimes que não obedecem a padrões. Eu chamar-lhes-ia apenas “engatatões”.

    Autocomiseração ou hetero-exclusão?O futuro da Maria pode estar personificado num qualquer banco de autocarro, junto a um bar na discoteca da moda, deitado na toalha de praia do lado ou ser apenas o vizinho giro que lhe sorri no elevador. Esperançosa e esperançada, a Maria é uma mulher voluntariamente cega, e como dizia a minha mãe, “pior cego é o que não quer ver”! Mas ela acredita ver.

    E no seu futuro ela reconhece duas sombras desiguais, lado a lado. A bem ou a mal…

    Às vezes pergunto-me se esta apreensão da Maria virá apenas de uma incapacidade gramatical! Conseguirão as Marias do mundo conjugar no futuro do indicativo os verbos na primeira pessoa do singular, ou a sua compaixão incônscia a filtra para o uso da flexão verbal que se refere ao plural?


    @ Voz das Beiras [Abril'06]

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