O post-it que havia colado ontem no monitor do meu computador parece ter sido levado por uma das rajadas de vento que se fizeram sentir hoje. Maldita borrasca…
A concentração estava a meu favor e as ideias fluíam de modo assertivo. O tal trabalho aborrecido e as tarefas enfastiosas decorriam a bom ritmo, mas ignorei um nervoso miudinho que me agitava o subconsciente. Não sei quantas vezes ele teria de latejar para eu o poder sentir e limar, mas aprendi que preciso de estar sempre atenta, mesmo às coisas que não sinto!
Sempre que paro para pensar e ponderar consigo transcender-me. No entanto, muitas vezes, ajo por impulsos que dissimulam frustrações, e por isso torna-se complicado prevê-los e preveni-los! E o que acontece? Perco o norte aos meus princípios, e deixo transbordar cá para fora o que pulsava no meu âmago. De seguida vem a surpresa. A minha, porque nem eu me reconheço, e a dos outros, porque não conseguem interpretar estas desordens.
Como se pode pedir perdão por algo de que nós próprios não tivemos responsabilidade? Como nos podemos desculpar pelas traições do nosso subconsciente?
Até que ponto merecemos que seja conduzido a sentença de perda algo de grandioso, quando a transgressão foi, única e exclusivamente, da responsabilidade do nosso imo? Etiquetas: Crónicas
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