Voz Oblíqua: <i>A vida faz-me bem!</i>
 
    The Voice Mail

 

Voz Oblíqua

Voz: [subst. fem.] Produção de sons emitidos no ser humano pela laringe com o ar que sai dos pulmões; grito; clamor; linguagem; fig. opinião; poder; inspiração; conselho; sugestão. Oblíqua: [adj. fem.] enviesado; torto; vesgo; fig. indirecto; dissimulado; ambíguo; dúbio.
 
 
 

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    A Encadear a Voz:

     
    A vida faz-me bem! quarta-feira, abril 11, 2007

    No outro dia alguém chamou a atenção de uma colega minha de trabalho, referindo o facto de esta andar sempre com ar de quem carrega todos os males do mundo nas suas costas, encorajando-a a seguir o meu exemplo: "Ponha os olhos na sua colega. Está sempre a sorrir... a vida corre-lhe bem"!.

    Foi então que a A. ganhou e coragem e me fez uma pergunta que, segundo ela, há muito me queria fazer: "Qual é o segredo da tua boa disposição?". Eu sorri, e mais do que lhe dizer o que quer que fosse, deixei-a ouvir uma música que sempre ouvi com atenção e onde fui buscar alguns dos mais importantes ensinamentos de que faço uso no meu dia-a-dia. Não diz tudo, mas a nossa própria verdade pode ser construída a partir das dicas de Baz Luhrmann...

    Atrevi-me numa tradução... Espero que vos ajude também a sorrir mais para a vida!


    «Senhoras e Senhores da Classe de '99

    Usem protector solar!
    Se eu vos pudesse oferecer apenas uma dica para o futuro, seria a do uso de protector solar.
    Os benefícios a longo prazo do protector solar foram provados por cientistas; porém o resto do meu conselho não tem maior base de confiança que a minha própria experiência desregrada.
    Eu vou oferecer o meu conselho agora.
    Goza do poder e da beleza da juventude; oh não façam caso, vocês nunca perceberão o poder e a beleza da juventude até estes terem sido consumidos.
    Mas confiem em mim, daqui a 20 anos irão olhar para as vossas próprias fotografias de uma forma incapaz de tornar a agarrar todas as possibilidades que se prostram agora à vossa frente, lembrando de quão fabulosos vocês realmente eram!
    Vocês não são tão anafados quanto imaginam!
    Não se preocupem com o futuro; ou preocupem-se, consciencializando-vos que a preocupação é tão útil quanto tentarem resolver uma equação de álgebra enquanto mascam pastilha elástica.
    Os problemas reais nas vossas vidas serão coisas que nunca passaram sequer pela vossa imaginação, do tipo de uma cegueira repentina às 4h da tarde de uma qualquer terça-feira de ócio.
    Façam algo que vos amedronte todos os dias. Cantem. Não ignorem o coração das outras pessoas, nem façam caso das pessoas que ignoram o vosso. Usem o fio dental. Não percam tempo com ciúmes; às vezes estão mais à frente, outras vezes mais atrás. A corrida é longa, e no final só poderão contar convosco.
    Lembrem sempre os elogios que recebem. Esqueçam os insultos. (Se forem bem sucedidos nesta tarefa, digam-me como!) Guardem convosco as vossas antigas cartas de amor, e deitem no lixo os vossos extractos bancários. Façam alongamentos. Não se sintam culpados se não souberem o que fazer das vossas vidas... As pessoas mais interessantes que conheço não o sabiam também aos 22 anos. Alguns dos quarentões mais interessantes que conheço ainda não o sabem.
    Tomem imenso cálcio. Sejam cuidadosos com os vossos joelhos, sentirão a sua falta quando eles já não se moverem.
    Casar-se-ão, talvez. Ou talvez não. Terão filhos, talvez. Divorciar-se-ão talvez aos 40 anos! Ou virão talvez a dançar como uma galinha louca no 75º aniversário do vosso casamento...
    O que quer que façam, não se congratulem demasiado. Nem se reprimam também - as vossas escolhas têm 50% de hipótese de dar certo, assim como as de toda a gente.
    Goza do teu corpo de todas as formas possíveis... Não o temam, ou temam o que as outras pessoas pensam dele; é o mais grandioso instrumento que alguma vez possuirão...
    Dancem... Mesmo que não tenham mais lugar algum para o fazer, senão na vossa sala de estar. Leiam as direcções, mesmo que não as sigam. NÃO leiam revistas de beleza; elas só vos farão sentir feios. Faz por conhecer bem os teus pais, nunca se sabe quando eles partirão de vez. Sejam atenciosos com os vossos irmãos e irmãs; eles serão o vosso melhor vínculo com o passado e provavelmente as pessoas que mais próximas de vocês estarão no futuro. Percebam que os amigos vêm e vão, mas que se deverão manter agarrados aos mais preciosos.
    Esforcem-se por corrigir as lacunas na vossa geografia e estilo de vida, porque quanto mais velhos ficarem, mais precisarão das pessoas que vos conheciam quando vocês eram novos. Vivam em Nova Iorque uma vez, mas mudem-se antes de ficarem empedernidos. Vivam na Califórnia do Norte uma vez, mas saiam antes de ficarem lânguidos. Viajem!
    Aceitem algumas verdades inalienáveis; os preços irão subir, os políticos tornar-se-ão mulherengos, e vocês tornar-se-ão também velhos. E quando vocês envelhecerem, fantasiarão que quando eram jovens os preços eram razoáveis, os políticos eram nobres e as crianças respeitavam os seus progenitores. Respeitem os vossos progenitores. Não esperem que mais alguém vos apoie. Poderão talvez ter um fundo de Sunscreenpoupança ou um cônjuge endinheirado. Mas não saberão nunca quando eles desaparecerão. Não mexam demasiado no vosso cabelo; caso contrário quando tiverem 40 anos, aparentarão 85.
    Tenham cuidado com as pessoas que vos dão conselhos, mas tenham paciência com elas. Os conselhos são uma forma de nostalgia, e dispensá-los é uma forma de resgatar o passado do caixote do lixo, limpá-lo, esconder as partes feias e reciclá-lo por um preço mais elevado do que ele vale realmente. Mas confiem em mim no uso de protector solar...»

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    9 Comments:

    At 12 abril, 2007 11:02, Blogger b. said...

    não posso ouvir agora senão o big boss passa-se, mas vou ouvir quando chegar a casa, a ver se me ajuda a ser a pessoa mais mal disposta ao cimo da terra!!

     
    At 12 abril, 2007 15:10, Blogger Cruxe said...

    E no YouTube: http://www.youtube.com/watch?v=xfq_A8nXMsQ

     
    At 12 abril, 2007 21:34, Anonymous Anónimo said...

    A música aparece de facto num álbum do Baz, embora a voz aqui não seja a dele.

    As dicas, excelentes, são de uma crónica que a colunista Mary Schmich publicou no Chicago Tribune dois anos antes:

    http://www.chicagotribune.com/news/columnists/chi-970601sunscreen,0,4664776.column

    Apesar de não ter a fama, ela continua a ganhar merecidamente os royalties do sucesso que a música teve.
    E continua com a sua crónica. A de ontem, aqui:

    http://www.chicagotribune.com/news/columnists/chi-070411schmich,1,6145578.column?coll=chi-news-col


    Zé-sem-blog

     
    At 12 abril, 2007 22:06, Blogger Nilson Barcelli said...

    Apesar do tom de brincadeira, existem neste texto alguns conselhos úteis.
    Mas tudo depende de quem e como os usa...
    Beijos.

     
    At 15 abril, 2007 00:46, Blogger Sr. Jeremias said...

    "Se pedir peço cantando
    Sou mais atendido assim
    Porque se pedir chorando
    Ninguém tem pena de mim"

    do Aleixo.

    Todos temos direito a andar deprimidos, mas poucas vezes. Se gostamos tento de ver as pessoas sorrir para nós porque não fazemos o mesmo e não sorrimos para os outros?

    Eu tento...

     
    At 17 abril, 2007 11:48, Blogger Sophia said...

    LOL! Ser atacado ocasionalmente por tristeza ou mesmo mau feitio acontece! Mas de nada adianta ao mundo andar de cara fechada! Apesar de ser uma constante logo pela manhã! O melhor remédio contra é sorrir!

    ;) Baci

     
    At 19 abril, 2007 10:08, Blogger pisconight said...

    "Rir é o melhor remédio"
    ;)

     
    At 23 abril, 2007 21:41, Blogger kimikkal said...

    Lembro-me dessa música, é verdadeiramente "upbeat" e 80% correcta.

     
    At 21 março, 2008 21:17, Anonymous Anónimo said...

    Um amigo ofereceu-me esta música.

    "Mas confiem em mim, daqui a 20 anos irão olhar para as vossas próprias fotografias de uma forma incapaz de tornar a agarrar todas as possibilidades que se prostram agora à vossa frente, lembrando de quão fabulosos vocês realmente eram!"


    É tão real...

    Beijo rapariga dos posts giros, não desapareças!

     

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