A mulher é um ser complexo, não complicado. A mulher é um ser de emoções, não de histerismos. A mulher é um ser de interpretações, não de mal-entendidos. A mulher não tem pejo, mas não é um ser sem vergonha. A mulher é um ser de lágrimas, não de jorros estanques. A mulher é um ser de alegrias, não de falsas hipocrisias. Mulher é yin. A mulher é yang. A mulher é o preto e o branco da mesma tela. A mulher é o alto e o baixo de uma mesma sessão de psiquiatria. A mulher é tudo isso, e não só isso. A mulher é um grande e completo ser.Ok, talvez seja difícil compreendê-la por vezes. Eu mesma me encosto à parede de quando em vez sem saber explicar o “como” ou o “porquê” daquilo que sinto. Mas ao contrário do poeta, a mulher nunca finge a dor que deveras sente. A mulher experimenta-a. E a dor, a alegria, o sucesso, a criatividade e a complexidade podem assumir inúmeras formas. E é isso mesmo que Maitê Proença atenta mostrar no seu espectáculo Achadas & Perdidas a que fui assistir há uns dias atrás.
Ora se veste de uma escritora com momentos frequentes de não inspiração – talvez culpa da magnífica paisagem que a distrai, ora assume o papel de uma criança que perdeu a mãe e que fica com um enorme buraco dentro de si para preencher com o amor e o carinho dos amigos, ora traja de si mesma e se assume com toda a complexidade e complementaridade que caracterizam a mulher, e mostra ao público como é de carne e osso, capaz de sentir, rir e chorar!
A mim arrancou, concomitantemente, lágrimas e risos, fez pensar e reflectir. E por isso aconselho que não percam o que está para lá do rosto bonito desta magnífica actriz que há (sei lá?) mais de 20 anos nos entra pela casa dentro via ecrã de TV! Etiquetas: Entretenimento, Teatro
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