Voz Oblíqua: Amar-te-ei até... deixar de te amar!
 
    The Voice Mail

 

Voz Oblíqua

Voz: [subst. fem.] Produção de sons emitidos no ser humano pela laringe com o ar que sai dos pulmões; grito; clamor; linguagem; fig. opinião; poder; inspiração; conselho; sugestão. Oblíqua: [adj. fem.] enviesado; torto; vesgo; fig. indirecto; dissimulado; ambíguo; dúbio.
 
 
 

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    Amar-te-ei até... deixar de te amar! domingo, janeiro 07, 2007

    Há dias fui com um colega de trabalho a uma reunião numa instituição pública. Nascido e criado naquela terra, foi vagueando pelos corredores daquele organismo distribuindo cumprimentos e acenos!

    A determinada altura o meu colega roborizou, mostrou-se nervoso, e quando o olhei directamente nos olhos, esboçou um distinto sorriso amarelo. Uma senhora de meia-idade caminhava na nossa direcção com um olhar comprometido, e sem demais demoras exclamou:

    - Há anos que esperava encontrar-te, L., afinal vale a pena esperar. Espero que te encontres bem!

    O meu colega, cada vez mais nervoso, lá conseguiu devolver a saudação numa gaguez quase muda:

    - Sim, D.ª M., estou bem. Vejo que os anos quase não passaram por si! (O elogio tornou-se patético, pois foi uma clara tentativa de recuperar a confiança da sua interlocutora.)

    Ela retorquiu com agrura:

    - Com o tempo esqueci-me de todas as coisas que te queria dizer na altura, mas penso que o passar dos anos te há-de ter feito ganhar vergonha, e essa é a melhor lição que alguém te pode dar.

    Deixei-os a conversar à vontade, afinal eu não pertencia àquele cenário. E apesar de claramente envergonhado, eu percebi que o meu colega sentia aquele sermão como merecido.

    Quando dei por mim, tinha os passos dele a seguir-me, e apressámo-nos a entrar na sala de reuniões onde nos aguardavam. Estávamos mesmo em cima de um potencial atraso!

    Quando terminámos, não pude deixar de fazer a derradeira questão:

    - Quem era aquela senhora, e de que te falava ela? Nunca te vi assim tão nervoso...

    Quando chega ao fim...Foi então que ele me explicou que aquela era a mãe de uma ex-namorada dele, com quem ele se relacionou durante 8 anos. As coisas terminaram, contou ele, de uma forma vergonhosa, pois ele, farto daquela união, mas sem a coragem e a maturidade de o admitir à outra parte interessada, decidiu-se por um acto puramente egoísta: começar a andar com outra miúda ao mesmo tempo, até que alguém o visse e contasse à namorada que, claramente, nunca mais o quereria ver!

    Apesar de não ter sido a primeira vez que ouvi uma história idêntica, a verdade é que me senti incomodada com aquela explicação. Como é que alguém pode ser assim tão baixo? E quantas mais formas existem de dar por terminadas relações, destruindo por completo o coração da cara-metade?

    Gostava de ter a vossa ajuda: confessem-se! Partilhem histórias do género, revelem de que modo já deixaram para trás um(a) namorado(a), ou de como já foram abandonados(as)!!!

    Surpreendam-me...

    Etiquetas: ,

    12 Comments:

    At 07 janeiro, 2007 22:30, Blogger b. said...

    cada um é como cada qual.

    às vezes a falta de coragem (não lhe quero chamar covardia) obriga-nos a fazer coisas muito estúpidas.

    *

    P.S. nunca deixei uma namorada, sempre fui deixado...

     
    At 07 janeiro, 2007 23:24, Blogger Wakewinha said...

    Essa teoria do "sempre fui deixado" dá-nos também muito pano para mangas, qerido Brunex!

    Falta-nos saber se foste deixado quando ainda gostavas da cara-metade, ou se foste daqueles que, tal como o colega de quem falo no post, fez tudo para ser abandonado!

    Got it? Explica-te... ;)

     
    At 08 janeiro, 2007 00:57, Blogger Augusto said...

    Passem no nosso blog e votem no melhor filme do ano. Obrigado!
    http://falcaoecomparsas.blogspot.com/

     
    At 08 janeiro, 2007 08:27, Blogger Orlando Braga said...

    Explicar a atitude do seu colega dava um post, nomeadamente o facto de um tipo andar oito anos com uma tipa, “por hábito”. Mas isto não é só característica dos homens. Existem mulheres que compensam “os hábitos” de outra forma, através de uma transferência emocional secreta e com mais ou menos envolvimento sexual, que pode resultar, muitas vezes, em rotura da relação.
    O seu amigo era jovem. Hoje não faria isso.

     
    At 08 janeiro, 2007 09:03, Blogger johnny handsome said...

    Estimada Rakel, não sei exactamente quantas formas haverá, suponho que muitas, recordo-me do Paul Simon na canção "Fifty Ways to Leave Your Lover" e creio que há bem mais de 50....
    Pela minha parte tenho umas quantas no CV e já fui metido na prateleira outras tantas. Nem sempre me portei bem, é verdade. Mas também tem a ver com a maturidade e foram coisas de miúdo das quais me arrependi em devido tempo.
    Agora fiz voto de castidade e estou imune a esas coisas ;))

     
    At 08 janeiro, 2007 13:23, Blogger anovska said...

    Tendo sido perfeitamente bem empacotada na prateleira do abandono umas quantas vezes, uma vez, mais tarde veio a hora da revenge. Dessa vez soube bem ter descido bem baixo...

    Agora, não seria capaz de o repetir. Não tenho o direito de magoar alguém, apenas porque me tenha magoado antes, mas sou assim: não me deixo ficar.

    Quanto à actualidade... Espero bem não estar a cometer um outro tipo de erro: Esperar demais por alguém...

     
    At 08 janeiro, 2007 23:03, Blogger Hindy said...

    Voltei, linda!
    Feliz ano e muitos beijinhos! :o)

     
    At 09 janeiro, 2007 12:08, Blogger pisconight said...

    Quando somos "jovens" não nos passa pela cabeça que um simples terminar de uma relação possa ter tamanhos efeitos na nossa ex... e o mesmo se passa ao contrário.
    Nunca é fácil terminar uma relação!!
    ;)

     
    At 09 janeiro, 2007 22:15, Blogger Jorge Castro (OrCa) said...

    Ora aí está uma área onde, além do claro e do escuro, há uma imensidão de pequenas áreas de penumbras várias... "Decidir" arranjar uma namorada para resolver uma conjugação estragada é baixote, convenhamos. Mas que fazer quando tal acontece por acaso? E se a relação primeira (ou anterior) ainda não se encontra totalmente "resolvida"? E se subsistem laços de afecto para além da "paixão camal"?... Difíceis respostas para infinitas combinações.

    Depois, a dor da facada também não tem género. É feminina, masculina ou neutra, e consoante o caso dói mais a um do que a outro dos elementos envolvidos.

    Enfim, fico-me por um dito que, nestas matérias, sempre me caiu no goto: ama y hace lo que quieras.

    Talvez por aí todos nos possamos redimir. ;-)

     
    At 09 janeiro, 2007 22:22, Blogger Sr. Jeremias said...

    O pior de tudo é quando por vezes se criam expectativas, que se nunca tivessem existido poderiam ter deixado nascer uma grande amizade.

     
    At 10 janeiro, 2007 17:54, Blogger Unknown said...

    Hummm....let me see...
    Nunca deixei ninguém... nem nunca foi deixada por ninguém...
    Hummmm... deixa cá pensar...
    Ah... aconteceu-me uma cena estranha hà uns tempos... conheci uma pessoa, mas nunca dei por nada... ao fim de uns meses, revela que gosta de mim (a Je ficou parva, mas bem!)... anyway... numa semana, a coisa descambou... como explicar... ele tava com a pressa toda... a Je tava "dessintonizada" (ainda)...
    Conclusão... ele não gostou de eu ter dito que não gostava dele mais do que como amigo e na semana seguinte voltou para a ex...
    Desde ai foge de mim como o "diabo da cruz"... nã sei porque... aliás, ele é livre de fazer o que quiser da vidinha dele... mas prontus!!

    Estas situações são sempre chatas, com ou sem maturidade... são coisas que mexem com os nossos sentimentos, com o nosso intimo e que, de uma maneira ou de outra, nos abalam sempre, mesmo quando temos que ser nós a "deixar" alguém!!

     
    At 10 janeiro, 2007 22:33, Blogger Drifter said...

    Na minha opinião, não devemos perder a honestidade. E, principalmente a honestidade para connosco, sendo que, para mim, isso engloba a honestidade para com a pessoa que dizemos amar. Caso contrário, deixamos de ter integridade como pessoas...
    No entanto, toda a gente comete erros... E nestas coisas dos sentimentos, é mesmo complicado conseguir caminhar sem nos espalharmos ao comprido. Resta aprender com os erros para não os repetir.

    Um beijo,
    Drifter

     

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