Esta tarde, a acompanhar-me numa longa viagem de carro, estiveram a Raquel Bulha e o Fernando Alvim, num programa de rádio da Ant3na, que havia já ouvido ser publicitado, mas que nunca tinha auscultado: a Prova Oral!
Hoje, sob o tema "Dúvidas da Língua Portuguesa", deveria ter estado José Mário Costa, um dos responsáveis pela página Ciberdúvidas da Língua Portuguesa. Por alguma razão que não puder perceber, o senhor não pôde estar presente... e o programa transformou-se numa caótica mostra da nescidade que caracteriza a "dita" geração rasca no que toca ao uso da língua portuguesa (devia entender-se que esta é a arma mais poderosa que naturalmente possuímos, e como todas as armas, deve ser "manuseada" com correcção)! Porque (e não "por que") pontapeiam a gramática, ao invés de (e não "invez" ou "em vez de") se apoiarem nela?
Este é um problema que me preocupa particularmente, até porque sou uma apaixonada e acérrima defensora da nossa língua, sendo das mais ricas e bonitas de todo o mundo. Leio, sempre li, e penso que para além da escrita, a leitura é a melhor forma de praticar o uso da referida arma. E não, não valem as leituras da BD de WC, das revistas de informática que recebemos mensalmente em casa ou das más traduções dos best-sellers que recheiam as prateleiras da Fnac. Eça de Queirós, Camilo Castelo Branco, Luís Vaz de Camões e Fernando Pessoa, por exemplo, não são uma seca, e aposto que muitos de vós facilmente se deixariam encantar pelos enredos narrados por estes autores!
Não sou perfeita, ninguém é. Afinal também erro! Mas tento de todas as formas diminuir os atentados ao Português. E já que falámos em mostras de imbecilidade, eis algumas das que mais me arreliam (variantes escrita e / ou falada):
* Concordo com ambas as duas opiniões. * Queres vir com nós ao cinema? * Aquela exposição teve muita aderência. * Há-des ter sorte, há-des. * Vou todos os Domingos há missa. * À pão fresco. E tu, a que calinadas mais dedos apontas?Etiquetas: Exasperações
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