Voz Oblíqua: Saltos Gerifaltos
 
    The Voice Mail

 

Voz Oblíqua

Voz: [subst. fem.] Produção de sons emitidos no ser humano pela laringe com o ar que sai dos pulmões; grito; clamor; linguagem; fig. opinião; poder; inspiração; conselho; sugestão. Oblíqua: [adj. fem.] enviesado; torto; vesgo; fig. indirecto; dissimulado; ambíguo; dúbio.
 
 
 

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    Saltos Gerifaltos quarta-feira, janeiro 25, 2006

    Saltos GerifaltosTake off your shoes! I hate the sound they make when you walk! Penso que isto seria uma óptima guide line para os meus alunos, caso eles a soubessem pronunciar em good english, ou pelo menos encontrassem a coragem necessária para a proferir em voz alta! Pelo menos é o que interpreto dos seus olhares de esguelha em direcção aos meus pés enquanto me passeio pela sala de aula, não podendo também deixar de tomar em consideração um comentário mais atrevido de há dias: «Oh stôra, eu nem preciso de estar atento a olhar para si quando copio nos testes; basta estar atento à direcção do som do seu andar»!

    O meu fascínio pelos saltos altos não é remoto, uma vez que fui maria-rapaz até à maioridade, mas a verdade é que se tornou rapidamente num vício que oculta um enorme complexo: a altura! Tinha 12 anos, e do alto dos meus 162cm de altura orgulhava-me com os comentários e as previsões dos familiares, que anunciavam que me viria a tornar numa jovem altíssima e altissonante! Disseram-no tantas vezes, que acabaram por amaldiçoar o meu crescimento (tendemos sempre a encontrar culpados para as nossas frustrações), acabando eu por estagnar no 1.66m (ou 1.66 e ½, como gosto de dizer com exactidão) por volta dos 13/14 anos! A verdade é que desde então não subi nem mais um centímetro em direcção ao céu...

    Talvez por na idade do armário ter acreditado piamente que ia ter um futuro promissor enquanto "escadote humano", não consigo actualmente lidar muito bem com o ter de olhar para cima enquanto falo com terceiros, principalmente os da nova geração. Ir a uma discoteca ou a um bar torna-se num suplício, principalmente quando a única justificação que encontro para estar sempre a ser acotovelada é a minha "aparente" invisibilidade. Comprar calças pode ser também desesperante, principalmente quando me vejo forçada a chamar a menina que me atende, que por norma desce do alto dos seus 175cm numas confortáveis sabrinas para marcar a bainha das minhas calças, proferindo naquele que me parece sempre um tom jocoso: «Subimos então a perna 10cm, né?». O ter de ficar em pontas para beijar alguém torna-se gracioso e faz lembrar um qualquer truque cinematográfico dos filmes da pequeníssima Meg Ryan, onde ela tem de subir a um pequeno banco de madeira para disfarçar a disparidade de altura que a separa dos seus companheiros de ecrã!

    Andar sempre de saltos altos, mesmo com aqueles que se esgueiram por entre as fendas das pedras da calçada, fez-me ter mais cuidado com o equilíbrio, não sendo por isso hoje difícil de me encontrar a executar as tarefas mais estranhas em cima de autênticas açoteias! Há mesmo quem diga que não há ninguém como eu a subir escadotes em saltos-agulha.

    Apesar de tudo, mesmo tendo a vantagem de caber facilmente debaixo de um abraço confortável, eu só gostava de não ter de recorrer a quaisquer artifícios para ver o sol nascer antes de todos os outros...

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    2 Comments:

    At 26 janeiro, 2006 21:33, Anonymous Anónimo said...

    A Mulher quere-se pequenina... Cumpts. :) (P.S.: e o Sol sempre nasce lá no horizonte para todos)

     
    At 30 janeiro, 2006 09:34, Blogger johnny handsome said...

    Também tive uma professora, de inglês no caso, com saltos que tinham uma particularidade: Emitiam sons diferentes...Eram bi-tonais...Chamava-lhe Miss Tic-Tac.
    Quem sabe os teus não têm nuances acústicas semelhantes;-)

    P.S.-Espero que os alunos não leiam isto ou ainda ficam com ideias.

     

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