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Patrocínios da Voz
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O Valor da Voz:
A Encadear a Voz:
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Ontem encontrei um amigo com quem não privava há algum tempo. Entre muitas outras coisas, conversámos sobre pessoas, e os laços que com elas criamos.
O meu amigo desabafava sobre a sua vida sentimental: há 7 meses foi deixado pela namorada da altura. O que lhe pareceu ser um caminho sem retorno para a infelicidade, acabou por lhe parecer um excelente refúgio da realidade, pois semanas mais tarde veio a encontrar outra mulher que lhe dava atenção. Essa mulher tinha também sido deixada por alguém de quem ela realmente gostava, e tendo chorado muito nos ombros um do outro, tornaram-se confidentes, amigos, amantes, e logo a seguir, namorados!
Parecia que a felicidade tinha tornado a habitar no seu interior. Parecia que os deuses e os anjos lhe tinham abençoado pela segunda vez com um amor sincero. Pobre criatura, mal podia imaginar que não se cura a mordida de um cão com a lambidela de outro. Pode sarar-se essa mesma ferida. Pode até deixar de nos magoar, mas a cicatriz fica para sempre lá, e poderá tornar-se mais visível com o passar do tempo...
Impossível de o evitar, este meu amigo começou, passados alguns meses, a estabelecer o paralelismo entre as duas mulheres. Deu consigo a pensar em coisas tão insignificantes, como a forma como conduzem, como se sentam, as suas conversas, os seus amigos, o tipo de amigos, a sua vida social, o seu cargo profissional, etc. Com a primeira podia falar sobre qualquer assunto, sentindo-se confiante pela forma inteligente com que se entendiam. Por seu lado, esta segunda mulher, sendo tão reduzida em raciocínios lógicos, torna-o numa pessoa vulgar, alguém a quem nada é exigido, podendo andar no mundo apenas porque vê outros andarem! Na verdade esta segunda relação é muito mais confortável, porque os objectivos da mesma são diminutos. Passam tempo juntos, mas não fazem realmente nada de interessante. Por sua vez, com a primeira mulher era sempre tudo muito novo. Com ela ele aprendia realmente alguma coisa. Com ela ele era uma pessoa melhor.
Outros homens sentir-se-iam cómodos apenas porque têm alguém, mas depois de passarmos horas nesta troca de pensamentos, não pude evitar de pensar e perguntei:
Será que a nossa felicidade depende do nosso grau de exigência? A ideia pode ser assustadora, e explicar um pouco aquele artigo que mencionava há dois posts atrás! Quanto mais exigirmos de alguém para estar connosco, menos provável será encontrar esse alguém. Agora até se torna mais fácil perceber o porquê da minha querida avó estar sempre a dizer para eu esquecer a ideia de que existe um homem perfeito, porque não existe!
* * * * * Hoje fui ao encontro do meu amigo! Pela primeira vez ele pensou realmente na sua felicidade. Pode não voltar para a primeira mulher, mas não se resigna ao pouco que a segunda lhe pode dar…
Hoje estive com o meu amigo que tinha acabado de romper a sua relação!
Etiquetas: Vida Real
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