Voz Oblíqua: Crónicas da Vida Real - IV
 
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Voz Oblíqua

Voz: [subst. fem.] Produção de sons emitidos no ser humano pela laringe com o ar que sai dos pulmões; grito; clamor; linguagem; fig. opinião; poder; inspiração; conselho; sugestão. Oblíqua: [adj. fem.] enviesado; torto; vesgo; fig. indirecto; dissimulado; ambíguo; dúbio.
 
 
 

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    Crónicas da Vida Real - IV sábado, janeiro 28, 2006

    Segredos, Confissões e DesilusõesSegredos, Confissões e Desilusões

    Chegou junto de mim a espavorecer: Não admira que não chegasse sequer a perceber o meu interesse por ele! Então não é que confessou estar apaixonado pelo L.?

    A tentar perceber o que me estava ela a querer revelar, libertei algumas perguntas curiosas e velozes: O quê? Não me estás a querer dizer que ele não se interessa por mulheres, estás? Como soubeste disso? Porque te fez ele essa confidência? Como te sentes?

    Enquanto se decidia pela ordem de respostas a dar-me, olhou-me com um ar de criança a quem haviam roubado um chupa-chupa que apenas chegou a cheirar e a desejar, e fez um estranho movimento com os lábios, que me levou à lembrança de um engraçado emoticon! Deixei escapar uma gargalhada sonora e abracei-a! Era perceptível que ela apenas precisava de algum afecto.

    Esta é uma frustração que até há uns anos atrás não iria com certeza perceber. O que ela agora desabafou comigo foi de algum modo semelhante a uma situação vivida por mim no início dos meus –intes! Quer dizer, na altura não estava de todo enamorada, tratava-se apenas de um fugaz interesse por alguém com quem me deliciava a conversar. Nunca consegui entender bem “o” porquê, mas a verdade é que naquela noite em que ele disse que já não aguentava mais esconder aquele segredo de mim, senti como se ele próprio me tivesse puxado o tapete de debaixo dos pés. Não foi uma desilusão de amor, tão pouco uma situação traumatizante, mas recordo com desprazer a tentativa em forçar um sorriso depois daquela informação.

    Claro que ele percebeu o meu ligeiro incómodo, chegando mesmo a questionar se teria feito ou não bem em dizer-me a verdade. Mais tarde viemos a desfazer algum possível mal-entendido, porque queria que ele percebesse que eu não estava de todo ofendida pela sua orientação.

    Cada um vive esta situação à sua maneira. Não há receitas… É muito diferente quando nos interessamos por um homem que está motivado para outra mulher: pode espezinhar-nos, até, mas se realmente o quisermos, saberemos que lutar por ele nunca será em vão! Mas casos como este só nos recordam que podemos estar muitas vezes, pura e simplesmente, e sem qualquer intento, na estrada errada!

    Para já sei que a J. precisará apenas de tempo para aceitar esta verdade e deixar-se convencer que a sua paixão não tem qualquer futuro! Para já sei que nenhuma palavra minha a pode confortar. Pobre J., continua com os lábios enviesados…

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