Hoje vou escrever o que me apetece, conforme me apetece, sem estar com grandes preocupações no que respeita ao politicamente correcto. Porque me apetece...
Há poucos dias noticiei no P'los Animais uma manifestação anti-touradas da ANIMAL e da Peta, agendada para o dia de ontem, 24 de Julho, na Póvoa de Varzim. A manifestação tinha tudo para ser bem original, e resultou exactamente nisso, numa mostra criativa, capaz de demover alguns menos aficcionados.
Quando cheguei reparei logo que estávamos em duas frentes: de um lado os activistas pelos Direitos dos Animais em bikini, calções de praia, pareos, etc., sob o lema "Eu prefiro ir à praia do que à tourada"; do outro, os mentecaptos que insistem em continuar a frequentar um espectáculo bárbaro que ultrapassa as minhas barreiras de entendimento. Empunhávamos cartazes, e lançávamos palavras de ordem como:
Tourada é Tortura; não é Arte, nem Cultura Sofrimento não é Divertimento Direitos dos Animais são fundamentais (...)
Do outro lado, com cartazes improvisados em cartão, liam-se as frases "Azambuja prezente sempre" ou "Deixeim-se de marmeladas; venham às touradas". Sim, os erros são conscientes, porque precisava mesmo de os transcrever conforme li. Se dúvidas havia de que os aficcionados por este dito espectáculo eram pessoas diminuídas mentalmente, ficaram logo esclarecidas: estas pessoas não sabem sequer escrever correctamente, à semelhança de uma criança na 2ª classe (com a diferença de que estas têm todo um futuro para aprender!).
No meio da frente dos apoiantes das touradas um fulano exibia um t-shirt com um touro e saltava que nem um macaco (com todo o respeito para os macacos). Torna-se difícil manter o nível mediante estas mostras de pobreza de espírito.
Houve quem nos aplaudisse, quem nos seguisse até à praia, mas houve também um grupo de peixeiras (literalmente!) que nos insultou gravemente...
Agora a minha dúvida reside num factor muito particular. Não critico as pessoas que têm instintos sádicos. Critico sim, os que os têm, mas os descarregam em criaturas inocentes, a quem não é dado o direito de livre-arbítrio. Por isso critico toureiros, forcados, matadores, e todas as bestas que drogam um touro para poderem fingir-se de valentões (sim, para os que não sabem: nunca se haviam questionado do porquê de um animal daquela envergadura não conseguir derrubar mais afincadamente um pequeno grupo de homens?).
Então, e muito directa e explicitamente, se têm prazer em torturar e assistir ao sofrimento de outro ser, porque raio não praticam sexo sado-masoquista com as esposas em casa???
Que me perdoem os animais, porque não são estes os argumentos que devemos utilizar na sua defesa. Mas apeteceu-me...
Para quem quiser ler algo bem mais sério e informativo acerca das touradas, por favor visite o Grupo de Libertação Animal.
Por ora ficou a minha perplexidade traduzida na estupidez ao mais baixo nível (depois do que vi ontem, por favor não exijam tanto de mim)...Etiquetas: Animais não-humanos
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