Voz Oblíqua: Porque a Tortura não pode ser apelidada de Cultura
 
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Voz Oblíqua

Voz: [subst. fem.] Produção de sons emitidos no ser humano pela laringe com o ar que sai dos pulmões; grito; clamor; linguagem; fig. opinião; poder; inspiração; conselho; sugestão. Oblíqua: [adj. fem.] enviesado; torto; vesgo; fig. indirecto; dissimulado; ambíguo; dúbio.
 
 
 

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    Porque a Tortura não pode ser apelidada de Cultura segunda-feira, julho 25, 2005

    Hoje vou escrever o que me apetece, conforme me apetece, sem estar com grandes preocupações no que respeita ao politicamente correcto. Porque me apetece...

    Há poucos dias noticiei no
    P'los Animais uma manifestação anti-touradas da ANIMAL e da Peta, agendada para o dia de ontem, 24 de Julho, na Póvoa de Varzim. A manifestação tinha tudo para ser bem original, e resultou exactamente nisso, numa mostra criativa, capaz de demover alguns menos aficcionados.

    Quando cheguei reparei logo que estávamos em duas frentes: de um lado os activistas pelos Direitos dos Animais em bikini, calções de praia, pareos, etc., sob o lema "Eu prefiro ir à praia do que à tourada"; do outro, os mentecaptos que insistem em continuar a frequentar um espectáculo bárbaro que ultrapassa as minhas barreiras de entendimento. Empunhávamos cartazes, e lançávamos palavras de ordem como:

  • Tourada é Tortura; não é Arte, nem Cultura
  • Sofrimento não é Divertimento
  • Direitos dos Animais são fundamentais
  • (...)

    Do outro lado, com cartazes improvisados em cartão, liam-se as frases "Azambuja prezente sempre" ou "Deixeim-se de marmeladas; venham às touradas". Sim, os erros são conscientes, porque precisava mesmo de os transcrever conforme li. Se dúvidas havia de que os aficcionados por este dito espectáculo eram pessoas diminuídas mentalmente, ficaram logo esclarecidas: estas pessoas não sabem sequer escrever correctamente, à semelhança de uma criança na 2ª classe (com a diferença de que estas têm todo um futuro para aprender!).

    No meio da frente dos apoiantes das touradas um fulano exibia um t-shirt com um touro e saltava que nem um macaco (com todo o respeito para os macacos). Torna-se difícil manter o nível mediante estas mostras de pobreza de espírito.

    Houve quem nos aplaudisse, quem nos seguisse até à praia, mas houve também um grupo de peixeiras (literalmente!) que nos insultou gravemente...

    Agora a minha dúvida reside num factor muito particular. Não critico as pessoas que têm instintos sádicos. Critico sim, os que os têm, mas os descarregam em criaturas inocentes, a quem não é dado o direito de livre-arbítrio. Por isso critico toureiros, forcados, matadores, e todas as bestas que drogam um touro para poderem fingir-se de valentões (sim, para os que não sabem: nunca se haviam questionado do porquê de um animal daquela envergadura não conseguir derrubar mais afincadamente um pequeno grupo de homens?).

    Então, e muito directa e explicitamente, se têm prazer em torturar e assistir ao sofrimento de outro ser, porque raio não praticam sexo sado-masoquista com as esposas em casa???

    Que me perdoem os animais, porque não são estes os argumentos que devemos utilizar na sua defesa. Mas apeteceu-me...

    Para quem quiser ler algo bem mais sério e informativo acerca das touradas, por favor visite o
    Grupo de Libertação Animal.

    Por ora ficou a minha perplexidade traduzida na estupidez ao mais baixo nível (depois do que vi ontem, por favor não exijam tanto de mim)...

    Etiquetas:

    7 Comments:

    At 25 julho, 2005 21:03, Blogger Ana, Dona do Café said...

    odeio touradas, simplesmente abomino... se reparo que está a dar tourada na tv simplesmente mudo de canal e sai-me sempre um" devia enfiar-lhe um corno a todos os que gostam"...e ainda por cima, como o Jorge outro dia tão bem disse, são apoiadas pelo canal público português a que propósito?
    pela tradição?
    já dizia o jb, a tradição já não é o que era...
    que se apercebam do espectáculo estúpido que é contemplar a morte ou o sofrimento de um animal e apreciarem tal coisa...
    é repugnante.

    beijo *

     
    At 26 julho, 2005 20:14, Blogger b. said...

    Engraçado como quando ao contrário já não acham tanta piada!!

    Quando hoje me deparei com as imagens de um touro a violentar um homem, pensei, na enormidade de pessoas que estarão a pensar "filha da p*t* do touro quase a matar o coitado"...

    O coitado que certamente andava a fazer pouco do instinto do animal, em mais uma corrida de touros! Quando os papéis de invertem a história já é outra, já são os animais que são uns assassinos...

    Vá-se lá entender estas mentalidades! Não façam aos animais o que não desejariam que vos fizessem!

    Abaixo as touradas!!!!!!!!

     
    At 26 julho, 2005 23:07, Anonymous Anónimo said...

    Acho ridículo, totalmente absurdo que ainda existam creaturas que queiram demonstrar a sua força, coragem, destreza, elegância e inteligência numa arena, debatendo-se com um animal muito mais forte que elas (K lá isso é!), mostrando que com destreza pode-se "manobrar" e derrubar forças que há partida nos deixaríam caídos por terra nessa arena, mostando k não tem k ser assim , que se soubermos podemos resistir a tudo! e que no final seremos ouvados de pé!como as árvores! lol
    Se fosse noutras épocas acharia que tais práticas seriam aceitáveis, para passar a mensagem e o ser humano se sublimar, mas mudam-se os tempos mudam-se as mentalidades não?!! Axo k deviam exercitar mais o músculo cinza que apodrece naquelas cabecitas... se se querem sublimar usem a cabeça não um animal! Façam actos gloriosos não vergonhosos! Alimentem a alma não a cubram de sangue!

     
    At 27 julho, 2005 00:31, Anonymous Anónimo said...

    realmente é triste como é que ainda hoje se defende tradições tao irracionais, como é que alguem pode tirar algum gozo desse tipo de (triste) espetaculo.
    Depois vão chamar animais aos touros, quando deviam chamar a si proprios BESTAS!

     
    At 27 julho, 2005 00:58, Blogger Sr. Jeremias said...

    Sou contra as touradas.

    Mas apesar de tudo penso que a solução não é tentar convencer aqueles que gostam a deixar de gostar. A solução está em consciencializar os outros. Quem vai não vai deixar de ir, porque para eles não estão a molestar animais, os touros até gostam daquilo.

    Não se podem mudar mentalidades. Mas aos "aficcionados" do futuro podem ser abertos os olhos. E para mim é esse o caminho.

    Também acho que não tenho o direito de insultar aqueles que foram "educados" para ver e participar em touradas. Não gosto e tento que os outros não gostem.

     
    At 29 julho, 2005 14:55, Blogger Humor Negro said...

    Pergunta perigosa a tua. Quiçá se os aficionados não são todos sadomaso?

     
    At 01 agosto, 2005 12:57, Blogger Raquel Vasconcelos said...

    A minha observação é complexa.
    Cresci a "ver" (não via muito, era mais brincar com a bonecada e deitar o rabo do olho para a TV) a ver as touradas ao domingo à noite.
    Com 37 anos, podem imaginar há qt tempo foi...
    Uma das perguntas que fiz foi realmente se aquilo não magoava o touro, ainda q nessas idades (7/8/9/10 anos) e naquele tempo, fossemos tão infantis q tudo parecia simples. A resposta foi sobre algo que tinha a ver com a pele do animal ser tão grossa que aquilo não o magoava.
    E assim ficámos... eu com a resposta a algo e no fundo a achar que não iam ser assim tão maus para um bicho que ainda por cima tinha um ar assustador e até matava uns pelo caminho.

    Mais tarde, vim a perceber q nada era bem assim. Ficou a alma dividida ao meio. O hábito da tal tradição (pq ninguém é contra a matança de porcos que me parece das coisas mais malvadas feitas a um animal? Não oiço nada sobre isso) e o começar a ser contra.

    Este domingo jantei num restaurante ligadíssimo, a nível de decoração, a touradas.

    E lá estavam aqueles paus, espigões ou lá o que são...
    Horríveis...

    Já não tinha dúvidas há muito tempo, excepto entender que qd se cresce agarrado a uma tradição é complicado abdicar dela. Pq ela tudo explica. É-se absorvido, imagino.

    Mas tenho pena q ao "crescerem", as gentes não evoluam. Eu acho que o consegui fazer.

    Mas certamente, num país em que se tolera bem a tourada, e apenas se condena a morte da touro na praça (acho q é mais caridoso... honestamente) tb devem existir razões para n se terminar com ela.
    Razões parecidas com o incendiar da nossa pouca floresta...

     

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