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Disse-se em...
Patrocínios da Voz
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O Valor da Voz:
A Encadear a Voz:
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Suponhamos que entram no prédio onde moram e reparam numa “mancha vazia” no local onde haviam deixado a bicicleta guardada antes de irem uns dias de férias para casa da família.
Suponhamos que não vão logo à polícia porque têm a leve suspeita de que não foi roubada por estranhos, mas por alguém bem próximo…
Suponhamos que encontram um canalizador que anda há uns dias a fazer reparações na estrutura do prédio, e quando o questionam sobre o assunto, acabam por ver a vossa teoria confirmada.
Suponhamos que ligam inúmeras vezes à pessoa que detém a vossa bicicleta, que para além de não vos atender, não responde às vossas mensagens.
Suponhamos que, passados dois dias, encontram essa mesma pessoa no prédio, pedem-lhe a bicicleta, e ela não a entrega, acusando-vos de se quererem estar a apropriar de algo que não é vosso.
Suponhamos que duas testemunhas lhe confirmam que a bicicleta é vossa, e ela reitera a não devolução da mesma, chantageando-vos com algumas cedências que espera da vossa parte.
Suponhamos que é impossível travar uma conversa com essa pessoa, e desistem de conduzir o assunto pelo entendimento particular.
Suponhamos que vão à polícia fazer a participação do roubo, e que por não possuírem a factura da bicicleta, se vêem forçados a chamar à esquadra a pessoa que vo-la ofereceu há uns anos, para além de outras duas testemunhas que garantam que vos viram a pedalar recentemente.
Suponhamos que depois de horas na esquadra a polícia vos diz que não podem aceitar a queixa por furto, dado existir uma ligação entre vocês e a pessoa que a detém.
Suponhamos que a única queixa que podem apresentar é por abuso de confiança (sim, é crime!), mas que as custas ascendem os € 200,00.
Suponhamos que se cansam de seguir por vias correctas e ordeiras…
O que fazem a seguir? Sugestão: Pedem a amigos próximos para fazer um pouco de teatro, e vão junto da pessoa que detém a vossa bicicleta. Apresentam duas amigas como Consultoras Jurídicas, e um amigo como agente à paisana da Polícia de Segurança Pública. Dão uma ensaboadela à senhora, os amigos estabelecem os limites de entendimento no âmbito da devolução da bicicleta e com relação a contactos futuros entre a tresloucada e a visada do furto-que-afinal-não-é-furto-mas-abuso-de-confiança!!!
[E sim, este surreal e bizarro episódio passou-se comigo! Ainda se lembram dos tais cartões de contacto deixados ao acaso no balcão do Hospital Psiquiátrico? Enfim...] Etiquetas: Exasperações
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